quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Parlamentares e Ministro da Saúde manifestam apoio aos médicos brasileiros

Foto: Taciana Giesel
Parlamentares e Ministro da Saúde manifestam apoio aos médicos brasileiros
Ministro da saúde, Alexandre Padilha, recebe das lideranças médicas principais reivindicações dos profissionais 
 

As entidades médicas nacionais (FENAM, CFM e AMB) conversaram na manhã desta quarta feira (21) com parlamentares e gestores sobre as principais preocupações da categoria. Um café da manhã foi oferecido na Câmara dos Deputados para discutir os projetos de lei que estão em tramitação nas Casas do Congresso e que são relevantes para o setor e para os profissionais na busca de uma melhor assistência à saúde da população.

Os deputados e senadores se sensibilizaram com as causas expostas pelos representantes dos médicos. Após o café, as entidades seguiram para uma audiência com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também manifestou apoio às causas apresentadas.

Confira o vídeo com o depoimento dos parlamentares.

Emenda 29

A regulamentação de Emenda 29, que destina mais recursos para a Saúde, prevista para ser votada na Câmara na tarde desta quarta foi um dos temas mais discutidos. O encontro também contou com o lançamento de uma cartilha do Sistema Único de Saúde, destinada para que a população entenda melhor o funcionamento do Sistema que utiliza.

Para o presidente da FENAM, Cid Carvalhaes, o Congresso Nacional possui papel fundamental para um Sistema Único de Saúde (SUS) resolutivo e avançado, com a relevância orçamentária que o setor precisa.

"Esperamos soluções rápidas e definitivas em busca da melhoria da qualidade de vida da população. Nada melhor do que estar no seio desta Casa para decidir os destinos da saúde. O encontro foi positivo e percebemos que todos são convergentes no sentido da aprovação da Emenda 29. Isso é sem duvida é um estimulo," declarou Carvalhaes.

"Foi uma reunião de muito sucesso com maior aproximação de deputados e senadores, os quais puderam comprovar, a partir da cartilha do SUS, que nós não somos uma corporação que só pensa nos interesses próprios. O que nós defendemos é voltado para os usuários do sistema", explicou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D´Ávila.

O presidente eleito da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, demonstrou otimismo com as três entidades médicas nacionais trabalhando juntas e contando com o apoio dos parlamentares.

"É muito bom ver que a maioria da Casa comunga nossa ideia. Nós temos um partido em comum, vamos vestir a camisa do ‘Partido da Saúde’ e nos mobilizar para regulamentar a Emenda 29", assinalou ele.

Suspensão dos atendimentos aos planos de saúde

Durante o café da manhã, as entidades médicas lembraram aos parlamentares os motivos da suspensão do atendimento aos planos de saúde, realizada também nesta quarta-feira em todo o país. O protesto, que é um desdobramento do ato de 7 de abril deste ano, quando médicos de todo o Brasil interromperam, pela primeira vez, o atendimento aos usuários de planos de saúde, ganhou forte adesão nacional. Honorários justos com referência na CBHPM, contratos com reajustes anuais e o fim da interferência antiética na relação médico/paciente são as principais lutas das entidades.

Encontro com Ministro da Saúde

Após o desjejum, as lideranças médicas seguiram para um encontro com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, para entregar as principais reivindicações do movimento médico. O documento, intitulado "Carta à Nação" expõe a preocupação com as práticas abusivas dos planos e seguros de saúde, que insistem em desrespeitar os profissionais e gerar insatisfação e insegurança dos pacientes com a assistência prometida. O texto denuncia ainda a resistência daqueles planos de saúde que têm se recusado a negociar com os médicos, "tornando uma cultura do lucro e não da saúde".

Após a reunião, Padilha destacou em entrevista à FENAM TV que o movimento das entidades médicas é legítimo e que os médicos devem ser mais valorizados tanto pelos planos de saúde, quanto no setor público.

"Sou um defensor permanente da valorização dos médicos e dos profissionais de saúde. Os médicos estão defendendo suas causas e nós do Ministério da Saúde apenas reforçamos que os serviços de urgência e emergência não sejam paralisados para que a população não saia prejudicada," lembrou.

O Ministro ainda ressaltou que a mobilização abre um processo de negociação e que Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve cumprir seu papel. "É um movimento legítimo que abre um processo de negociação entre as entidades médicas, operadoras de planos de saúde e ANS, que deve cumprir o seu papel de regulação do setor de saúde suplementar."

No próximo dia 27 de setembro, representantes das entidades que organizam o movimento deverão se reunir para avaliar os resultados da manifestação e traçar os próximos passos, juntamente com as Comissões Estaduais de Honorários. 
 
Fonte : Fernanda Lisboa

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