terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ato Médico está entre as matérias polêmicas na agenda do Senado deste ano


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Proposta que trata do exercício da Medicina e determina atividades privativas dos médicos - chamado de projeto do Ato Médico - está entre as matérias polêmicas na agenda do Senado neste ano. O texto tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde o relatório do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), já lido, deve ser votado na retomada dos trabalhos legislativos, em fevereiro.
A matéria (SCD 268/2002) é uma antiga reivindicação dos médicos, que reclamam maior clareza na delimitação legal de seu campo de atuação. Mas a categoria enfrenta críticas de todos os outros profissionais que atuam na área da saúde, os quais temem o esvaziamento de suas funções e a formação de uma reserva de mercado para os médicos.
Os críticos argumentam que a proposta estabelece como exclusivas de médicos atribuições já asseguradas a outras categorias. O texto determina, por exemplo, que cabe exclusivamente aos médicos o diagnóstico de doenças, mas outras categorias, como psicólogos e nutricionistas, reivindicam o direito de também atestar as condições de saúde de uma pessoa, que engloba aspectos psicológicos e nutricionais.
[Relator do projeto de lei do ato médico, o senador Antonio Carlos Valadares, apresenta relatório na Comissão de Constituição e Justiça - Foto: José Cruz / Agência Senado]
Também tem sido criticada a norma que define como privativa do médico a execução de procedimentos invasivos, que incluem a "invasão da pele". Acupunturistas, por exemplo, temem que a interpretação do conceito de procedimento invasivo possa restringir sua atuação profissional.
Ainda entre os aspectos polêmicos está a determinação de que apenas médicos podem chefiar de serviços de saúde. Para as demais categorias, a norma é um retrocesso em relação às diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), de atendimento universal, igualitário e integral, realizado por equipes multiprofissionais.
Conflito já dura dez anos
Apresentado em 2002 pelo ex-senador Benício Sampaio, o projeto foi aprovado no Senado em 2006, na forma de substitutivo da relatora na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). Após três anos de tramitação na Câmara, a proposição foi aprovada com diversas modificações e voltou ao Senado, em outubro de 2009, para manifestação dos senadores sobre as mudanças sugeridas pelos deputados.
[Foto: Ana Volpe / Arquivo Senado]
O projeto tramita agora na CCJ, mas ainda vai passar pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS), antes de ir ao Plenário. No final de dezembro, Antônio Carlos Valadares apresentou seu relatório na CCJ, mas pedido de vista coletivo adiou a votação da matéria.
Em seu voto, Valadares afirma ter modificado o projeto para atender da melhor maneira possível todas as categorias que atuam na área da saúde (veja quadro comparativo entre as versões do texto). Para ele, a definição de requisitos legais para o exercício da Medicina é essencial para evitar a atuação de pessoas inescrupulosas. De outro lado, ele pondera que uma nova lei não pode avançar sobre o que já está regulamentado para as demais profissões.
Pontos polêmicos
Desde o início da tramitação do projeto, pelo menos cinco aspectos do texto têm gerado reações das categorias que atuam no setor, que temem prejuízos em sua atuação profissional caso o projeto seja transformado em lei:
[Foto: Geraldo Magela / Agência Senado]
Diagnósticos de doenças
No relatório em exame na CCJ, Valadares mantém como privativa dos médicos a formulação de diagnóstico nosológico (para determinar a doença que acomete o paciente), mas retira essa exclusividade para "diagnósticos funcional e cinésio-funcional [que avalia funções de órgãos e sistemas do corpo humano], psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mentais, sensorial e perceptocognitivas".
Os deputados haviam mantido como exclusivo do médico o diagnóstico funcional, sob argumento, por exemplo, de que no pós-operatório de cirurgias ortopédicas, é atribuição do cirurgião avaliar a função do membro ou órgão operado. A restrição, no entanto, desagradou fisioterapeutas e fonoaudiólogos, profissionais responsáveis por avaliar a capacidade do paciente de, entre outros, realizar movimentos como subir escada, escovar os dentes, articular sons ou levar a comida à boca.
Em seu voto, Valadares retirou a exclusividade para esses diagnósticos funcionais, mas manteve como atribuição reservada aos médicos a prescrição de cuidados pré e pós-operatórios.
Assistência ventilatória mecânica ao paciente: o texto aprovado em 2006 no Senado previa como exclusiva dos médicos a "definição da estratégia ventilatória inicial" e a "supervisão do programa de interrupção da ventilação" - procedimento de intubação do paciente acoplada a equipamento que bombeia ar aos pulmões. A norma foi questionada pelos fisioterapeutas, profissionais também envolvidos no atendimento a pacientes com dificuldade respiratória, especialmente nas unidades de terapia intensiva (UTI). Conforme emenda da Câmara acolhida por Valadares, caberá exclusivamente aos médicos a "coordenação da estratégia ventilatória inicial e do programa de interrupção da ventilação mecânica". Com a mudança, fica assegurada a participação de fisioterapeutas na estratégia de ventilação mecânica.
[Foto: José Cruz / Agência Senado]
Biópsias e citologia: Valadares rejeitou mudança da Câmara que limitava aos médicos a emissão dos diagnósticos de anatomia patológica e de citopatologia, que visam identificar doenças pelo estudo de parte de órgão ou tecido. A emenda dos deputados foi criticada por biomédicos e farmacêuticos, sob a alegação de que restringia sua liberdade de atuação.
Em debate no Senado, representantes dessas categorias afirmaram que a análise citopatológica (para estudo, por exemplo, de células para a identificação de câncer) representa uma "interpretação" do material colhido e não um "diagnóstico médico". Valadares retirou a restrição para emissão desse tipo de diagnóstico, mas manteve como tarefa restrita aos médicos a "emissão de laudos de exames endoscópicos e de imagem, dos procedimentos diagnósticos invasivos e dos exames anatomopatológicos". A anatomopatologia é o estudo das partes do organismo alteradas por processos patológicos.
Procedimentos invasivos: o projeto em análise prevê como atribuição exclusiva de médicos a indicação e a execução de "procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo acessos vasculares profundos, biópsias e endoscopia". Pelo texto, tais procedimentos incluem, entre outros, "invasão da epiderme e derme com o uso de produtos químicos ou abrasivos" e a "invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo da pele para injeção". A norma motivou reação de acupunturistas e até mesmo de tatuadores, que temem enfrentar restrição em seu campo de atuação por conta da interpretação de conceito de procedimento invasivo.
Valadares manteve a norma em seu relatório, mas retirou da lista de atribuições exclusivas dos médicos a "aplicação de injeções subcutâneas, intradérmica, intramusculares e intravenosas", apesar de a recomendação de medicamentos a serem aplicados por injeção continuar sendo uma prerrogativa médica.
Direção e chefia: pelo texto em análise, apenas médicos podem ocupar cargos de direção e chefia de serviços médicos. As demais categorias que atuam no setor consideram a norma um desrespeito aos outros profissionais que atuam em ambulatórios, centros de saúde, centros de atenção psicossocial e nos núcleos de apoio à saúde da família. Eles argumentam que o atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, não havendo justificativa para que apenas uma categoria tenha a prerrogativa de direção e chefia na unidade de saúde.

PROJETO DO ATO MÉDICO - Quadro comparativo

Fonte: Agência Senado

Senado deverá examinar projetos sobre funcionamento de conselhos profissionais na área de saúde

Tramitam na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) dois projetos que regulam o funcionamento de conselhos profissionais na área de saúde. Um deles, o PLS 701/11, de autoria do senador Cícero Lucena (PSDB-PB), atualiza a legislação (Lei 6316/75) que trata do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Dentre as medidas propostas, destaca-se a adoção de eleições diretas para a diretoria do Conselho Federal dessas categorias.

A proposta, que aguarda designação de relator e será examinada terminativamente na CAS, determina que o Conselho Federal seja composto por dois representantes de cada conselho regional e respectivos suplentes, com mandato de quatro anos, eleitos de forma direta, por meio de voto pessoal, secreto e obrigatório, mediante eleições realizadas na segunda quinzena de março do ano do término do mandato.

Atualmente, os membros do Conselho Federal são eleitos por um colégio eleitoral integrado por um representante de cada conselho regional. Cícero Lucena propõe que as mudanças sejam válidas a partir das primeiras eleições realizadas para o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, após a vigência da lei que resultar do projeto.
A proposição também autoriza a prorrogação de mandatos em curso, exclusivamente para que sejam unificados os respectivos processos eleitorais. Cícero Lucena salienta que a lei que criou esses órgãos encontra-se defasada e precisa ser adequada à Constituição.

"Concebida no período autoritário, estabelece eleições indiretas para o Conselho Federal, sistemática que desmerece a democracia interna das instituições e contraria os postulados contemporâneos dessa espécie de organização" - justifica Cícero Lucena no projeto.

Medicina
Outro projeto a ser examinado pelos senadores propõe fixar os valores das anuidades devidas aos Conselhos Regionais de Medicina. De acordo com a proposta (PLS 615/11), de autoria do senador Paulo Davim (PV-RN), para os profissionais inscritos nesses órgãos como pessoa física a anuidade seria de R$ 486,00. Para pessoa jurídica, o valor da contribuição fixado para a pessoa física deverá ser multiplicado conforme seu capital social, segundo tabela específica. A atualização será anual com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Paulo Davim argumenta que as leis que instituíram órgãos de fiscalização profissional, em sua grande maioria, não fixam os valores das anuidades, mas simplesmente lhes delegam essa competência. Em 1982, com a Lei 6994, lembra o senador, foram estabelecidas normas para a determinação desses valores, mas as a medida foi revogada em 1994.

Mais recentemente, informa o senador, a Lei 11000/04, passou a autorizar todos os conselhos de fiscalização de profissões a fixar, cobrar e executar as contribuições anuais devidas por pessoas físicas e jurídicas. Mas, segundo acrescenta Paulo Davim, o Poder Judiciário vem se posicionando pela inconstitucionalidade da norma sob o argumento de que ela delega competência tributária privativa da União.

Para o senador, a falta de uma norma que fixe os valores das anuidades tem deixado esse processo "na mão da Justiça", o que pode comprometer a saúde financeira dos conselhos regionais.

"Decisões judiciais consideram o valor da anuidade cerca de R$ 38,00 e estão obrigando os conselhos regionais a devolverem aos médicos os valores, corrigidos monetariamente, das cinco últimas anuidades. Essa situação pode causar sérios problemas aos conselhos nas suas atividades legais de fiscalização do exercício profissional e de normatização da Medicina" - justificou o parlamentar, observando que sua proposta não visa aumentar a arrecadação dos Conselhos de Medicina e sim garantir o necessário para suas funções.

A matéria será relatada pelo senador Wellington Dias (PT-PI) e deverá receber decisão terminativa na CAS.  
Fonte: Agência Senado



sábado, 28 de janeiro de 2012

Comissão Pró-SUS quer realizar fóruns regionais para melhoria do trabalho médico e assistência da população



Comissão Pró-SUS quer realizar fóruns regionais para melhoria do trabalho médico e assistência da população
O objetivo do primeiro encontro do ano foi avaliar o movimento e estabelecer novas estratégias para 2012 
Representantes das três entidades médicas (FENAM,CFM e AMB) que compõem a Comissão Nacional Pró-SUS se reuniram nesta sexta-feira (27), na sede do Conselho Federal de Medicina. O objetivo do primeiro encontro do ano foi avaliar o movimento e estabelecer novas estratégias para 2012. Uma das novas medidas destacadas foi a de realizar fóruns regionais na tentativa de conhecer e encaminhar a real necessidade de cada lugar. Para a comissão, esse passo é essencial para o começo de uma articulação eficiente.

"Pretendemos levar toda a comissão para o Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste para uma grande discussão com as autoridades locais, possibilitando melhores condições de trabalho médico e assistência da saúde, principalmente na atenção básica, urgência e emergência", explicou o secretário de Saúde Suplementar da FENAM, Márcio Costa Bichara.

Os fóruns devem acontecer no primeiro semestre e o ponto de partida poderá ser Rondônia, se todas as lideranças concordarem. A partir de um diagnóstico com representantes das entidades, haverá articulação política e administrativa no sentido de se encontrar soluções para a problemática local.

O ano de 2011 foi considerado vitorioso e a Pró-SUS continuará na busca de resultados mais satisfatórios para o trabalho médico e assistência da população. Para Márcio Costa Bichara, várias conquistas foram verificadas no ano passado, com a paralisação nacional do SUS e com as intervenções no Congresso, mas agora é necessário enfocar as prioridades que não obtiveram resultados satisfatórios.

"A Emenda 29 continua como bandeira, pois não foi aprovada contemplando o que queríamos, então estaremos juntos na iniciativa popular em busca de maiores recursos para a saúde. O plano de carreira nacional para o SUS e a questão da urgência e emergência, contemplando remuneração, carga horária, condições de trabalho e assistência da população continuaram sendo nossa lutaÂ", acentuou Bichara.

Confira íntegra do depoimento na Rádio FENAM 

Ainda na reunião, foi apresentada uma proposta de ação para a saúde pública, levada pelo representante da Associação Médica Brasileira (AMB), Modesto Jacobino. O plano propõe a realização de um Fórum de especialidades médicas para discussão de políticas de saúde pública.

Além de Márcio Bichara e Modesto Jacobino, também estiveram presentes na reunião Aloisio Tibiriçá, João Ladislau e Mauro Luiz de Britto Ribeiro.
Fonte : Fernanda Lisboa, com edição de Denise Teixeira/ Foto: Fernanda Lisboa

Reunião da CAP destaca lei que regula especialidades médicas e PL sobre revalidação de diplomas do exterior


Reunião da CAP destaca lei que regula especialidades médicas e PL sobre revalidação de diplomas do exterior
Integrantes da CAP vão buscar a melhor estratégia para alterar a lei que determina que médicos só podem anunciar até duas especialidades 
Integrantes das três entidades médicas nacionais que formam a Comissão de Assuntos Políticos (CAP) - FENAM, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira -, se reuniram nesta quarta-feira, 25/01, para avaliar os projetos mais importantes para a categoria. O encontro aconteceu na sede do CFM e dois pontos foram destacados: a lei n° 4113, que regula a propaganda de médicos, e o Projeto de Lei n° 399, que dispõe sobre a revalidação de diplomas de medicina obtidos no exterior.
O secretário de comunicação da FENAM, Waldir Araújo Cardoso, explica que a CAP inicia o ano com a demanda de intervir no Congresso para modificar a Lei n° 4113.

"Vamos buscar a melhor estratégia para alterar a lei que determina que os médicos só podem anunciar até duas especialidades. A realidade do país mudou e hoje temos, muitas vezes, de duas a quatro especialidades. O médico necessita dessa permissão para que possa anunciar legalmente suas capacidades", acentuou o dirigente.

Outra questão preocupante durante a reunião foi o Projeto de Lei do Senado, n° 399 de 2011, do senador Roberto Requião (PMDB/PR), que trata da revalidação e o reconhecimento automático de diplomas oriundos de cursos de instituições de ensino superior estrangeiras de reconhecida excelência acadêmica. A CAP apresentou parecer contrário.

"É necessário que o profissional comprove conhecimento suficiente das patologias e doenças existentes no nosso país, para o atendimento correto da população. Para isso, deve-se revalidar o diploma mediante processo", declarou Waldir Cardoso.

Confira na Rádio FENAM !

Com o objetivo de balizar e capacitar os conselheiros para agirem politicamente no Congresso em defesa dos interesses da saúde e da categoria médica, os integrantes da CAP também propuseram ao Conselho Federal de Medicina a realização de um seminário sobre processo legislativo.

A próxima reunião da CAP será realizada no dia 29 de fevereiro.
Fonte : Fernanda Lisboa/RBW, com edição de Denise Teixeira / Foto: Márcio Arruda/CFM

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Brasileiro substitui francês no comando do Fundo Global de Aids


Brasília - A partir do dia 1º de fevereiro, o brasileiro Gabriel Jaramillo, de 58 anos, assumirá o comando do Fundo Mundial de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária – o Fundo Global de Aids. Ele substitui o médico francês Michel Kazatchkine, de 62 anos. Kazatchkine pediu demissão do cargo em meio a suspeitas de corrupção envolvendo a Fundação de Carla Bruni – primeira-dama da França e embaixadora do órgão. As denúncias referem-se a desvios de recursos para países da Ásia e África.

O comando do Fundo Mundial de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária negou as acusações. Um dos desafios de Jaramillo é resgatar a credibilidade do fundo que vai gerenciar mais de US$ 10 bilhões para programas de saúde em vários países.

O nome de Jaramillo foi confirmado ontem (25). O antecessor dele, Kazatchkine, ficou cinco anos na instituição sediada em Genebra, na Suíça. Apesar de o francês só deixar o cargo oficialmente no dia 16 de março, Jaramillo assume a função na quarta-feira (1º) para um mandato de 12 meses.

Brasileiro, nascido na Colômbia, Jamillo estava aposentado, depois de uma carreira como banqueiro. Ele foi gerente e diretor de várias instituições financeiras por três décadas, como o Marine Midland Bank, Citibank, Santander Brasil e o Banco Sovereign. Em 2010, Jamillo foi escolhido pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, para ser o enviado especial da ONU no combate à malária.

Criado em 2002, o Fundo Mundial de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária conta com o apoio financeiro do norte-americano Bill Gates, dono da Microsoft. Em dez anos de atividades, o órgão já enviou US$ 22,6 bilhões para diferentes programas de saúde em 150 países.

O Fundo Mundial de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária já financiou o tratamento de 3,3 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV e de 8,6 milhões vítimas da tuberculose, além de ter distribuído 230 milhões de mosquiteiros tratados com inseticidas para prevenir a malária.

*Com informações da emissora pública de rádio da França, RFI.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ANS publica normas para substituição de próteses de silicone

Brasília - O Diário Oficial da União publica na edição de hoje (24) a súmula normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que obriga os planos de saúde a cobrir o valor das próteses em implantes mamários feitos com as marcas PIP e Rofil. Até então, os planos de saúde eram obrigados a arcar apenas com o procedimento de substituição, sem a inclusão dos gastos com as próteses de silicone.

De acordo com a súmula da ANS, a orientação contempla todos os beneficiários de planos saúde, com exceção dos que têm planos antigos, com cláusula expressa de exclusão da cobertura de próteses.

O Ministério da Saúde entendeu que o procedimento cirúrgico de troca das próteses mencionadas é considerado reparador e não estético, uma vez que a ruptura da prótese e extravasamento do silicone causam processo de inflamação, com dor, inchaço e deformidade local.

De acordo com o Ministério da Saúde, os procedimentos assegurados serão prestados na rede credenciada, cooperada ou referenciada das operadoras de planos de saúde. Os critérios de acesso à rede assistencial serão definidos pelas operadoras.

Em casos de descumprimento, as operadoras poderão ser punidas com multas no valor de R$ 80 mil.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Hotsite da Anvisa traz orientações sobre próteses mamárias

Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou um hotsite que concentra informações sobre implantes mamários com próteses de silicone.
Estão disponíveis informações técnicas e alertas sobre o uso das próteses e orientações para pacientes e médicos de procedimentos para diagnóstico e para os casos de reação adversa e eventual necessidade de remoção.
hotsite ainda permite que as pacientes e os médicos encaminhem notificações sobre a prótese implantada e o relato de qualquer ocorrência. Há ainda link para a consulta pública, no ar até 17 de fevereiro, sobre a resolução que a Anvisa adotará tornando obrigatória a realização de testes para todas as remessas de implantes mamários que chegarem ao país.
A Anvisa cancelou o registro das próteses mamárias das marcas PIP (fabricada na França) e Rofil (fabricada na Holanda) devido a adulterações do produto e o risco à saúde. A agência mantém também uma central de atendimento pelo telefone 0800-6429782.
Fonte: Agência Brasil

Cid Carvalhaes: "saúde deveria ter orçamento próprio"

Cid Carvalhaes:

Segundo o presidente da FENAM existem várias alternativas que, dentro de seu conjunto, poderiam exercer essa função de “saída” para que se tivesse uma orçamentação específica da Saúde.   

Está na hora de discutirmos uma política de Estado para a Saúde. A afirmação é do presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes. De acordo com ele, esta política de Estado deve ter previsibilidade de orçamentação definitiva para a Saúde; com uma lei de responsabilidade sanitária consistente, ampla e significativa; que se tenham definidas as carreiras de Estado para o médico e de vários profissionais de saúde; e uma Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) com provimentos adequados.
Estas ações poderiam contribuir e cooperar para superar desafios como do financiamento da Saúde, focado e empurrado para a regulamentação da EC 29. Para o presidente da Fenam, a Saúde tem que ter uma orçamentação própria. A EC 29 fixa ações de saúde, mas não estabeleceu as ações concretas do Congresso Nacional para definir o orçamento da Saúde.
Segundo ele, talvez seja preciso uma Lei de Responsabilidade Sanitária, que estabeleça o valor dos mínimos; ou uma Lei orçamentária da Saúde, com duração indeterminada; ou a previsibilidade própria do orçamento; ou o atrelamento a algo, como o projeto do ex-senador Tião Viana, que previa o investimento da União em 10% da receita corrente bruta em Saúde. Para ele, existem várias alternativas que, dentro de seu conjunto, poderiam exercer essa função de "saída" para que se tivesse uma orçamentação específica da Saúde. "Sem isso, vamos ficar discutindo alternativas que sempre vão ser dissimuladas".
Sobre a mobilização pelo reajuste da remuneração dos médicos, ele defendeu que a campanha salarial é algo continuado. De acordo com ele, os valores de remuneração tanto na Saúde pública quanto privada não foram atingidos em 2011. Logo, a categoria deve continuar perseguindo o ideal. No ano passado os médicos saíram às ruas, sensibilizaram a opinião pública e, com isso, fecharam o período com avanços, mas não consideraram suficiente.
Quanto à Saúde Suplementar, a COMSU já está entrando com propostas para a mobilização deste ano contra os planos de saúde, com a previsão de reunião no dia 02 de março, onde serão definidas as diretrizes da mobilização para 2012. Cid Carvalhaes ressaltou que o Setor é "um apêndice", não podendo ser colocado como alternativa substitutiva. Pelo contrário, ela tem que ser secundária e não pode ocupar um espaço de relevância, já que não é a solução para o Sistema de Saúde.

Dentro de uma política de Estado para a Saúde, a Saúde Suplementar, como preceito constitucional deve ser acolhida com a dimensão exata que ela tem, conforme defendeu o presidente da Fenam. Ele ainda enfatizou a necessidade de um marco regulatório diferente do atual, que não é suficiente para atender a necessidade da população. "Precisamos ter isso claro e bem consistente com os desafios que se colocam teremos de enfrentar, de maneira tranqüila e serena e muito adequada para que com isso tenhamos soluções que coloquem a Saúde como Prioridade".

A grande verdade, no entanto, segundo Carvalhaes, é que hoje a Saúde não é prioridade para nenhum gestor: nem público, nem privado. O gestor público deixa a Saúde como apêndice, com resto orçamentário. E o gestor privado visa o lucro. E o resultado disso é restrição na oferta e atendimento, conforme afirmou o presidente.
Fonte : P&P Saúde / Foto: Taciana Giesel

domingo, 22 de janeiro de 2012

Rio cadastra médicos interessados em participar da Força Estadual de Saúde

Rio de Janeiro – O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) já enviou e-mails a todos os médicos ativos no estado – cerca de 57 mil – com um link onde eles poderão se cadastrar para participar da Força Estadual de Saúde. Criado neste mês pelo governo estadual, o programa prevê a elaboração de um cadastro reserva de médicos e especialistas de diversas áreas para atuar em desastres naturais, como enchentes, epidemias e situações de desassistência médica à população.

Segundo Luís Fernando Moraes, assessor do Cremerj, os médicos que trabalharem no programa serão remunerados. “O programa está propondo aos médicos um plantão que pagará R$ 2 mil por 24 horas de disponibilidade”, informou. Com isso, a Força Estadual de Saúde terá um cadastro regional de profissionais da área médica.

O cadastro está aberto a todas as especialidades médicas, embora a Secretaria Estadual de Saúde estime que 95% dos atendimentos serão prestados por generalistas. Em situações de calamidade, de problemas sanitários em grandes epidemias, onde for preciso montar um hospital de campanha equipado para cirurgias e atendimentos específicos, especialistas também serão convocados, disse Moraes. “O cadastro não é exclusivo para generalistas. Os especialistas podem e devem se cadastrar.”
De acordo com Moraes, o cadastro já está em funcionamento. “Quem se cadastrar hoje pode ser chamado.”

Fonte: Agência Brasil

sábado, 21 de janeiro de 2012

Fundação Copel e entidades médicas firmam compromisso de reajuste

A Fundação Copel de Previdência e Assistência Social assinou, nesta terça-feira, 17, termo de compromisso com a Associação Médica do Paraná, Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná e Conselho Regional da Medicina do Paraná reajustando o valor da consulta médica paga pela operadora aos médicos credenciados para R$ 70,00, valor que pode chegar a R$ 80,00 caso o médico concorde em participar do Informativo Médico para Levantamento Epidemiológico, preenchendo um questionário ao final de cada consulta para que a Fundação Copel tenha informações para desenvolver, em parceria com a AMP, programas de prevenção de doenças e promoção de saúde através do mapeamento dos perfis de seus usuários.

“Estamos nesta luta desde 2009. Algumas operadoras nos ouviram, outras, ouviram parcialmente, algumas nos ignoraram, mas a Fundação Copel mostrou muita sensibilidade para chegarmos a esse termo, que terá efeito demonstrativo para o futuro, pautando novas negociações. Esse acordo pode representar uma tendência no relacionamento com as operadoras”, disse o presidente da AMP, João Carlos Baracho.

Além do reajuste de 51% (a Fundação pagava R$ 53,00 pela consulta), o termo também estabelece o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como índice de reajuste anual dos valores, estipulando janeiro como data base. O acordo ainda prevê reajustes nos honorários para procedimentos médicos e nos custos operacionais, onde a Fundação Copel aplicava a 3ª. edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), de 2004, com deflator de 20% nos portes e 30% na Unidade de Custo Operacional (UCO), passando, agora, a aplicar a 5ª. edição da tabela (2008), mantendo os deflatores, sendo que o deflator de portes deixará de ser aplicado em julho de 2013, quando a Fundação também passará a adotar a 6ª., e mais recente, edição da tabela CBHPM.

O acordo com a Fundação Copel é resultado do movimento médico que vem, desde 2009, lutando pela valorização profissional e a correta remuneração por parte dos planos de saúde (alguns não reajustam os honorários médicos há sete anos, apesar de reajustarem a mensalidade de seus clientes anualmente). É o primeiro acordo assinado com uma operadora de saúde suplementar desde 2005, e o acordo de abrangência estadual com os maiores valores do Brasil. “É muito importante o momento em que uma empresa paranaense, do porte da Copel dá esse exemplo de maturidade na negociação e, ainda, passa a pensar em cuidados com a saúde e não só tratamento de doença”, disse o presidente do Conselho Regional de Medicina, Carlos Roberto Goytacaz Rocha.

O termo de compromisso é o primeiro resultado prático, de âmbito estadual, das manifestações das entidades médicas em defesa do reajuste nas tabelas pagas pelos Planos de Saúde, e pode nortear outros acordos, mostrando que é os profissionais da medicina estão abertos a negociações e que as operadoras têm condições de apresentar propostas que reconheçam o valor do profissional de saúde. “É a prova que medidas como a que tomamos ações na Justiça pelo reajuste são decisões extremas, que poderiam ser evitadas com a negociação aberta e em termos aceitáveis”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos no Paraná, Mário Antônio Ferrari, que informou já estar tomando as medidas para excluir a Fundação Copel da ação movida pela entidade.

De acordo com o termo de compromisso, a Associação Médica, através de suas Sociedades de Especialidade, cria o Programa de Auxílio às Câmaras Técnicas de Operadoras de Saúde. Na hipótese de dúvidas sobre determinada atuação médica, a Fundação Copel poderá formular questionamentos à AMP, que firmará parecer descrevendo se a conduta questionada está em conformidade com os protocolos de medicina da especialidade.

Para o presidente da Fundação Copel, Helio José Pizato, o acordo trará grandes vantagens para os cerca de 40 mil usuários do plano de saúde da fundação. “Com médicos mais satisfeitos, certamente teremos um melhor atendimento. Mas nosso acordo vai muito além disso, trata de saúde, de qualidade de vida, na medida que poderemos ter diagnósticos de doenças mais comuns entre nossos usuários e poderemos elaborar, em conjunto com as entidades médicas, ações de controle e prevenção”, disse. “Ter os maiores valores pagos ao médico no Brasil não nos espanta, pois queremos nosso usuário bem atendido e temos certeza que esse acordo dá início a uma inédita relação contributiva entre médicos e operadora”, acrescentou o diretor de Administração e Seguridade da fundação, Antonio Sergio de Souza Guetter.

Fonte: AMP

Sindmepa na TV: programa vai ao ar na segunda-feira

O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) passa a contar, a partir da próxima segunda-feira, 23, com mais uma ferramenta de mídia para divulgar seu trabalho e melhorar o contato com a categoria e a população de um modo geral. Nesse dia estréia o Sindmepa na TV, programa semanal em parceria com a Rede GNT (TVM Belém, canal 17), que vai ao ar todas as segundas-feiras, às 19h, com reprise aos sábados, às 18h30.
Com cinco minutos de duração, o programa vai abordar temas diversos relacionados à profissão médica, envolvendo desde a área sindical até temas de saúde pública, medicina e outros assuntos de interesse coletivo. O programa atende a uma das ações do planejamento estratégico do Sindmepa, realizado no início deste mês e que tem também entre suas metas a realização de um programa de rádio.

O primeiro programa já está gravado e traz uma entrevista com o médico João Gouveia, diretor administrativo do Sindmepa e o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Roberto Sena, que vão discutir a questão salarial da categoria médica. O programa também terá uma matéria sobre dengue e as formas de prevenção da doença. Fiquem ligados no canal 17, nas noites de segunda-feira.
Fonte : SINDMEPA

Inscrições para 30º Congresso de Psiquiatria já podem ser realizadas

Entre os dias 10 e 13 de outubro acontece o XXX Congresso Brasileiro de Psiquiatria, que será realizado no Centro de Convenções de Natal. O formulário de inscrições para o evento já estão disponíveis.
O Congresso, que tem por tema "Psiquiatria, ciência e prática médica", é promovido e organizado pela Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP e pela Associação Norteriograndense de Psiquiatria - ANP, e tem público estimado de 6.000 congressistas, dos quais 85% médicos.

Este é considerado o maior evento da especialidade realizado na América Latina, reunindo especialistas de renome nacional e internacional durante toda a programação do congresso.

Confira o calendário de atividades, programação, formas de envio de trabalho e efetue a sua inscrição através do site do evento:

http://abp.org.br/2011/congresso/ 
Fonte : SINMED -RN

BOLETIM CAP: Projeto do Ato Médico

2012 começa com novidades na Rádio FENAM. A partir deste ano, a emissora apresentará em áudio o boletim da Comissão de Assuntos Políticos das Entidades Médicas (CAP). Todo mês, o assessor parlamentar da CAP, Napoleão Puente Salles, comentará um Projeto de Lei de interesse da categoria médica em tramitação no Congresso Nacional. O objetivo é informar aos médicos brasileiros os detalhes do projeto, como o que mudará com a aprovação da proposta e quem são os parlamentares envolvidos no processo.
Sugestões de Projetos de Lei também poderão ser feitas no espaço reservado para comentários do portal FENAM.
Nosso primeiro boletim da CAP traz detalhes do Projeto de Lei 268/02, do Senado, que regulamenta a profissão médica.
Confira na Rádio FENAM !
Fonte: FalaMédico

FENAM informa seu posicionamento sobre o PROVAB





 





 
A propósito da apreciação do Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica – PROVAB, projeto de iniciativa conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação, que passou por uma sequencia de debates e discussões ao longo de 2011, a FENAM, depois de exaustiva discussão, entendeu, por decisão de sua diretoria executiva, que deveria acolher o PROVAB em caráter experimental, como projeto piloto para 2012, conforme o texto da Resolução nº 3/2011, acolhido e aprovado na Comissão Nacional de Residência Médica durante a 1º reunião ordinária, realizada nesta quarta-feira (18).
A FENAM esclarece, no entanto, que reside polêmica em relação ao percentual de bonificação para o exame de residência médica a ser destinado aos médicos que cumprirem o programa ao longo de 2012. Mesmo com o acolhimento do edital, assim como foi concebido, a FENAM, por decisão da sua diretoria executiva, compreende que o percentual não deva exceder 2,5% ao ano, e que o contrato de serviço não ultrapasse dois anos de duração, no máximo.
Por outro lado, a entidade reafirma que é imprescindível a avaliação e o acompanhamento do Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica ao longo de sua execução em 2012 e que o início de sua avaliação deva ocorrer a partir do último trimestre deste ano, permitindo assim criteriosa revisão dos métodos e posicionamentos ao propósito da sua eventual continuidade ou interrupção.
Cid Carvalhaes
Presidente da Federação Nacional dos Médicos


Fonte: Assessoria de Comunicação FENAM

Em São Paulo, lideranças debatem rumos da formação e do trabalho médico

Cerca de 200 representantes de entidades médicas, de escolas de Medicina e de órgãos do Governo participaram, em São Paulo, do III Fórum Nacional de Especialidades Médicas. O encontro realizado no último sábado (14) aconteceu com o objetivo de estimular o debate sobre os critérios que definem o que é área de atuação e o que é especialidade médica no país. O grupo também avaliou os impactos dessa fragmentação do conhecimento na profissão médica e no atendimento à população.
Logo na abertura, foi realizada conferência pelo professor Fábio Jatene que tratou dos “Conceitos de Especialidade Médica e Área de Atuação”. Ele ocupou o cargo de diretor científico da AMB durante duas gestões, de 1999 a 2005, e acompanhou o processo de unificação das especialidades médicas. Além disso, participou ativamente da elaboração da Resolução 1634/2002, que ainda normatiza o tema.
A segunda conferência foi ministrada por Mário Scheffer, assessor do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Ele apresentou os dados coletados pela pesquisa “Demografia Médica no Brasil”, coordenado por ele a pedido do Cremesp e do Conselho Federal de Medicina (CFM). O estudo cruzou os bancos de dados da AMB, CFM e da Comissão Nacional de Residência Médica com dados da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária do IBGE e chegou a conclusões importantes para a Medicina brasileira.
“O que precisa ficar claro é que dificuldade de contratação de médicos não significa falta de médicos. Significa falta de plano de carreira, falta de estrutura. A distribuição irregular se dá pelas leis do mercado e pela oferta de renda e não é possível dizer que seja preciso formar mais médicos para solucionar. É preciso política pública de saúde”, concluiu Renato Azevedo, presidente do Cremesp.
O III Fórum prosseguiu com a divisão dos participantes em quatro grupos de trabalho. Cada um se dedicou a analise e a apresentação de propostas para resolver problemas em diferentes áreas. Os temas analisados foram: impacto de reconhecimento das especialidades médicas na formação médica, na profissão, na assistência à Saúde e para a sociedade em geral; parâmetros que definem Especialidade Médica e Área de Atuação. Revisão do conceito e proposições; parametros que definem a formação do especialista no Brasil. Revisão do conceito e proposições; e a necessidade de especialistas no Brasil.
Para o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital, foi um momento importante para a classe médica que deve ser desdobrado em outras reuniões para garantir a qualidade dos debates. Outras dois encontros devem acontecer nos próximos meses para que as propostas de aperfeiçoamento sejam aprofundadas. Em jogo, lembra a liderança do CFM, estão medidas que podem causar impacto real na melhora da assistência e no exercício da atividade médica.
Fonte: CFM

Eleita nova diretoria Executiva da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade

Foi eleita a nova diretoria Executiva da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), biênio 2012-14. De acordo com a Comissão Eleitoral da SBMFC foram recebidos um total de 370 votos válidos, sendo 359 a favor da chapa única inscrita neste pleito.

Nesta gestão houve um importante percentual de renovação dos dirigentes e a reeleição de alguns membros. Conforme o cronograma, a posse da Diretoria será no dia 25 de agosto de 2012. 


CONHEÇA A NOVA DIRETORIA DA SBMFC.

Fonte: Imprensa Fenam

Psiquiatra aponta prescrição indiscriminada de ansiolíticos no país

Brasília – Prescrição indiscriminada e uso excessivo podem ser algumas das explicações para o alto consumo de ansiolíticos, remédios usados para controlar ansiedade e tensão. A avaliação é do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Dados divulgados nesta sexta-feira (20) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que os ansiolíticos foram os medicamentos com receita controlada mais consumidos no país entre 2007 e 2010. O princípio ativo clonazepam, base do remédio Rivotril, lidera o ranking, com cerca de 10 milhões de caixas vendidas somente em 2010.
Segundo o psiquiatra, os ansiolíticos têm sido indicados por profissionais de diversas áreas. “Sabemos que médicos de várias especialidades prescrevem esses remédios, sem necessariamente ser psiquiatras. Não há restrição, mas é como se eu [psiquiatra] passasse a receitar antibiótico. Não sou a pessoa mais adequada”, diz Silveira.
O psiquiatra citou pesquisa feita em 2011 pela Unifesp, segundo a qual os ansiolíticos, conhecidos como calmantes, correspondem a 35% dos medicamentos psiquiátricos prescritos nos hospitais gerais da cidade de São Paulo.
Este não é, porém, o único fator que pode explicar o boom dos calmantes no Brasil, ressalta Silveira. O uso descontrolado também está entre os fatores. É cada vez mais comum recorrer aos tranquilizantes para enfrentar o estresse e as dificuldades da vida cotidiana. O pior é esse tipo de remédio provoca dependência. “As pessoas tendem a buscar uma pílula mágica para lidar com os problemas”, diz o médico.
De acordo com Silveira, das 600 consultas mensais feitas pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, 50 são de pessoas viciadas em calmantes. A princípio, a maioria usa o remédio com indicação médica. Depois, passa a querer doses maiores e acaba partindo para a compra ilegal.
Para Dartiu Silveira, o melhor monitoramento do consumo dos ansiolíticos no país reflete também os números elevados. Atualmente, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa têm cadastradas 41.032 farmácias e drogarias, equivalente a 58,2% do total dos estabelecimentos autorizados pela agência reguladora a vender medicamentos controlados.
Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Centrais sindicais protestam em frente ao Banco Central contra política econômica do governo

Centrais sindicais, trabalhadores, estudantes e entidades dos movimentos sociais fizeram uma grande manifestação na porta do Banco Central, no centro da cidade do Rio para protestar contra a atual política de juros altos no Brasil. Cerca de 300 pessoas participaram do protesto que pediu uma redução mais radical da taxa de juros.

Na manifestação estiveram presentes as centrais sindicais CTB, CUT, Força Sindical, NCST, CGTB e UGT, e também membros da União Sindical dos Trabalhadores (UST), que se somaram na manifestação.

Para o secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, João Batista Lemos, “ao invés de um corte de 60 bilhões no orçamento feito pelo governo Dilma, nós defendemos que é preciso mudar de maneira radical a política macroeconômica desse governo. Nós temos os juros mais altos do mundo e uma política cambial que não favorece o setor produtivo. Por isso defendemos uma redução mais acelerada desses juros. Cada aumento dos juros é transferência de renda para o capital financeiro. Queremos um projeto nacional de desenvolvimento, com soberania nacional, valorização do trabalho e, consequentemente, menos juros”.

Segundo o presidente da CTB-RJ, Maurício Ramos, “não é possível continuar com os juros mais altos do mundo. Para crescermos é necessária uma redução drástica desses índices. Nós do movimento sindical, junto com o movimento social, vamos cobrar nas ruas essa mudança”.

O movimento social também marcou presença no ato, demonstrando a unidade das diversas entidades, sindicais, estudantis e sociais, como a AMES, ASPUC, CMP, CONAM, Federação de Mulheres Fluminenses, MAB-Nova Iguaçu, UBES, UBM, UEE, UEES, UJS, UNE e Unegro.

Para o diretor da UNE, Edson Santana, “é necessário criar um projeto que sirva para o desenvolvimento do Brasil. Agora, nossa tarefa é aumentar a mobilização nas ruas e colocar em pauta as nossas reivindicações. Nossa opinião não é a mesma desse grupo de pessoas que quer manter os altos juros”.

Todas as entidades participantes prometem continuar pressionando pela redução das taxas de juros, buscando aumentar cada vez mais o número de pessoas no próximo ato, quando novamente o Copom deve se reunir.

Fonte: CTB-RJ

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Frischmann Aisengart será o primeiro laboratório no Brasil com certificação do INMETRO para transgênicos e paternidade

Laboratório de Curitiba será acreditado pela norma 17.025, principal selo de qualidade de reconhecimento internacional
O Laboratório Frischmann Aisengart foi recomendado para receber a acreditação na norma internacional 17.025 nos processos de análises de paternidade e de identificação de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) em alimentos. A recomendação aconteceu depois de uma auditoria do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Segundo Marcelo Malaghini, Doutor em Biotecnologia e responsável técnico do setor de Biologia Molecular do laboratório, trata-se do principal selo de qualidade, de reconhecimento internacional que um laboratório de ensaios pode obter. “No Brasil apenas três empresas apresentam este nível de qualidade para análises de transgenia em alimentos. Em análises de paternidade, o Laboratório Frischmann Aisengart será o primeiro no país.” explica o responsável.

Os auditores do INMETRO constataram que todas as exigências de atendimento à norma estão sendo rigorosamente cumpridas e, desta forma, recomendaram a homologação da acreditação ao Laboratório, o que deverá ser formalizada nos próximos meses.

O procedimento de acreditação na norma 17.025 é extremamente moroso e complexo. O único órgão autorizado no país a emitir esta acreditação é o INMETRO. Diversos requisitos de capacitação administrativa, gerencial e técnica são exigidos. Diferentemente de outras normas de qualidade, tais como ISO 9.000 ou 14.000, esta tem como foco a qualificação, capacitação e proficiência dos procedimentos técnicos de realização das análises. Ou seja, não basta que a empresa tenha um sistema de gestão da qualidade implementado. É necessário possuir parque analítico alinhado ao estado da arte, utilizar reagentes e insumos com padrão de qualidade internacional e, o mais importante, possuir em seu quadro recursos humanos com expertise e know-how adequados.

A auditoria em si é minuciosa e rigorosa. Ao menos três auditores do INMETRO, incluindo especialistas com PhD em Biologia Molecular, acompanham, por 60 horas, passo a passo, cada etapa do procedimento técnico de realização do exame, desde a coleta das amostras, até a emissão do laudo. Tudo é documentado e registrado, explica Malaghini.
“A acreditação na norma ISO 17.025 virá constatar algo que já era de conhecimento dos profissionais envolvidos nesta área. As análises de Biologia Molecular para transgenia e paternidade realizados no Laboratório Frischmann Aisengart apresentam qualidade equiparável ou superior às dos principais centros do gênero na Europa e nos Estados Unidos”, diz Malaghini.

O Laboratório Frischmann Aisengart também recebeu em novembro de 2011 a revalidação da certificação ISO 9001:2008, emitida pelo Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR. O laboratório foi pioneiro no Sul do País na conquista deste certificado. Além da ISO, o Frischmann Aisengart é, desde agosto de 2008, certificado pelo Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos – PALC – da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial – SBPC/ML. Também participa permanentemente de Programas de Controle de Qualidade Nacionais e Internacionais. Dentre eles, destaca-se o Controllab – Controle de Qualidade para Laboratórios, Grupo Espanhol e Português da Sociedade Internacional de Genética Forense (GEP-ISFG).

Segundo Milton Zymberg, diretor do Frischmann Aisengart, o laboratório sempre teve como uma das principais metas garantir a qualidade dos serviços prestados. “Sabemos que a acreditação no Brasil não é obrigatória. Mas vemos esta conquista como um incentivo à equipe do laboratório a alcançar níveis cada vez mais elevados de qualidade e melhoria contínua”, explica.

OGM  

Já em 2009 o Frischmann Aisengart havia consolidado a posição de principal laboratório privado do Brasil na realização de análise e detecção de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Somente cinco laboratórios privados são credenciados pelo Ministério da Agricultura para realizar os exames, em rigorosa auditoria baseada na norma internacional de acreditação ISO 17.025. Apenas dois têm capital unicamente nacional, sendo um deles o Laboratório Frischmann Aisengart.

Além da equipe especializada, composta por bioquímicos, biólogos e técnicos, o Laboratório Frischmann Aisengart conta com equipamentos de análise de OGM de última geração, no Núcleo Técnico Operacional DASA situado em São José dos Pinhais/PR, o mais moderno do Sul do Brasil. Os equipamentos propiciam que os exames sejam feitos em apenas sete horas, tempo bem abaixo da média dos laboratórios brasileiros.

Malaghini explica que a localização geográfica do laboratório também ajudou na consolidação do setor, principalmente devido à proximidade do Porto de Paranaguá e dos demais países do Mercosul. O Frischmann Aisengart, um dos mais tradicionais laboratórios de Curitiba, centraliza a análise e a detecção de OGMs nacionais da DASA, maior empresa de medicina diagnóstica da América Latina e quarta maior do segmento no mundo. O Frischmann Aisengart faz parte da DASA desde julho de 2005.

DNA

O Laboratório Frischmann Aisengart oferece testes de paternidade que seguem padrões da Sociedade Internacional de Genética Forense (ISFG) e da Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB), alcançando graus de precisão entre 99,9% e 99,99999999%. O teste é processado com o auxílio de modernos equipamentos e um minucioso trabalho de especialistas em genética molecular.

Malaghini explica que, em um teste padrão, são coletadas amostras de sangue da mãe, do filho e do suposto pai, e a análise é realizada pelo confronto entre os perfis genéticos obtidos. O exame de DNA pode ser feito, inclusive, para a avaliação de irmandade e outros graus de parentesco (tio-sobrinho, primos etc.). A análise também pode ser empregada em situações quando o suposto pai é falecido. Neste caso o exame é viabilizado pela utilização de fragmentos ósseos obtidos pela exumação do cadáver do suposto pai.

Cerca de 30% dos registros de nascimento no Brasil ainda estão sem o nome do pai, segundo dados do IBGE. O elevado número de exames de paternidade em nosso país deve-se, em parte, à Lei Federal 8.560/92, que reduziu a possibilidade de o filho permanecer sem o reconhecimento de seu estado de filiação. O cartório é obrigado a indagar à mãe, no momento do registro do nascimento, quem é o pai da criança. O suposto pai será, então, intimado a comparecer em juízo para confirmar ou não a declaração da mãe, de que o filho é seu. Não havendo a confirmação por parte do suposto pai, pode ocorrer a instauração de um processo judicial que, muitas vezes, culmina em um exame de DNA.

Fonte: Assessoria de Imprensa Frischmann Aisengart

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Rio de Janeiro registra 1.287 casos de dengue nas duas primeiras semanas do ano

Rio de Janeiro – O estado do Rio de Janeiro registriu 1.287 casos de dengue nas duas primeiras semanas do ano. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou hoje (17) que nas duas primeiras semanas foram notificados 856 casos de dengue em 91 municípios. Nesse período nenhuma morte foi registrada no estado.

Os dados não se referem à cidade do Rio de Janeiro que divulga no mesmo dia, separadamente, os números sobre os casos de dengue na cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, nas duas primeiras semanas deste ano foram notificados 431 casos da doença, sendo a maioria na zona norte da cidade. Desde o mês de agosto do ano passado não foi registrado nenhum caso de morte por dengue no município do Rio.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Abaixo-assinado sim ao ato médico - Petição Pública




Abaixo-assinado SIM ao Ato Médico

Para: Excelentíssimos Senadores da República:

No início de fevereiro de 2012, Vossas Excelências terão um encontro marcado com a História: estará em vossas mãos decidir o futuro da Prática Médica neste país. Será votado em definitivo o Projeto de Lei do Ato Médico (PLS nº 268/2002 e substitutivo ao PL nº 7703/2006) que dispõe sobre a regulamentação da Medicina, que estava inicialmente previsto para ser votado em dezembro de 2011. A Medicina é a última das 14 profissões existentes na área da Saúde a ser regulamentada, o que é aguardado por todos os médicos brasileiros há longos 10 anos.
O atual projeto de lei para Regulamentação da Medicina não significa o fim da autonomia dos demais profissionais da saúde e muito menos criminaliza os vários cuidados hoje por eles exercidos, que são também sobremaneira importantes. Além disso, não resultará em qualquer dificuldade de acesso por parte da população a nenhum tipo de cuidado que vise à preservação de sua saúde.
Segundo o Dr. Roberto D’Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina, “O PL 7703/2006 estimula a mútua colaboração entre todos os profissionais da saúde - dentro de suas respectivas competências - com o objetivo único de garantir o bem estar individual e coletivo dos cidadãos."
Desejamos que esta injustiça, da Medicina ser a última profissão ainda não regulamentada na área da Saúde, seja corrigida por vosso intermédio e justa atuação, através da aprovação da Lei do Ato Médico.
Temos esperança que Vossas Excelências basear-se-ão somente em suas próprias Consciências - que certamente estão imbuídas do mais elevado Espírito Público e Senso de Justiça - para votar esta lei.
Cordialmente,
Os signatários


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