quinta-feira, 30 de junho de 2011

Assis Melo cobra medidas urgentes para indústria em audiência com ministro

O deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) defendeu, em audiência pública nesta quarta-feira (29), que teve a presença do ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, medidas imediatas para proteger o setor industrial brasileiro da concorrência dos produtos asiáticos, em especial os chineses. O parlamentar, que também é dirigente nacional da CTB, citou a necessidade de mudanças na política cambial para evitar o impacto dessa concorrência.

“Estamos sentindo a necessidade de medidas mais urgentes, principalmente para enfrentar a questão da China. Precisamos de medidas no câmbio para equilibrar essa situação”, disse Assis Melo ao ministro Fernando Pimentel, convidado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior (CDEIC) e de Trabalho, de Administração e de Serviço Público (CTASP).

O parlamentar destacou ainda a importância de se investir para solucionar os problemas de infra-estrutura e logística, que encarecem a produção nacional, e a necessidade de se inverter a condição do Brasil ser um exportador de “commodities” (produtos agrícolas e matéria-prima).

Na audiência pública, realizada a partir de uma proposição de Assis Melo, o ministro afirmou que o foco central da nova política industrial, a ser apresentada pela presidente Dilma Rousseff em julho, será incentivar a produção de produtos de valor agregado maior.

“O eixo principal do programa é a inovação. Dificilmente vamos vencer a concorrência dos países asiáticos com medidas fiscais. Temos que investir em laboratórios de tecnologia e em pesquisa”, antecipou Fernando Pimentel.

O ministro do Desenvolvimento evitou dar detalhes sobre a nova política industrial, mas sinalizou que a questão cambial está sendo analisada pelo ministro Guido Mantega, da Fazenda, que pode mexer na política de câmbio flutuante. “O que podemos ter é um rigor maior na entrada de capitais de investimento não-produtivo”, afirmou Pimentel, citando como alternativas o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a definição de um prazo de permanência do capital especulativo no país.

Além disso, o ministro destacou que o governo estuda medidas para proteger o setor industrial da concorrência desleal, dentro dos limites estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC). “Vamos combater práticas desleais, mas nenhum país se torna potência com esse tipo de medidas”, declarou Pimentel, ressaltando a necessidade de investimentos em inovação para manter o setor industrial competitivo no cenário internacional.

Avaliação positiva

Para Assis Melo, a exposição do ministro Fernando Pimentel na audiência pública foi positiva, por mostrar a preocupação do governo com o risco de desindustrialização no país e por sinalizar uma nova política para o setor com enfoque na inovação e na produção de itens de maior valor agregado.

“A busca da inovação é importante, mas esse é um processo demorado, com resultado a longo prazo. Precisamos rever a questão dos juros e do câmbio”, declarou o parlamentar.

Mesmo com a posição do Planalto em anunciar uma política industrial no mês julho, os deputados pediram ao ministro para o debate em torno do tema tem continuidade.

Fonte: Imprensa CTB

Projeto das entidades médicas para visitar urgências e emergências do país ganha fôlego no Congresso

"Drama das urgências e emergências não pode ser banalizada," apontou o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.


O projeto das entidades médicas de realizar visitas aos hospitais de urgências e emergências do país ganhou força na tarde desta quarta-feira (29). Em reunião com o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), os membros da Comissão Pró-SUS, integrada pelas três entidades médicas nacionais, foram informados que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados já aprovou um requerimento para a instauração de um Grupo de Trabalho que tem como principal objetivo fazer um diagnóstico da realidade das Urgências e Emergências do Brasil.

O drama das urgências e emergências noticiado dia após dia nos noticiários não é mais, segundo o deputado e vice -presidente da Comissão de Direitos Humanos, um problema apenas de saúde pública, mas envolve também questões de direitos humanos ao comprometer a vida das pessoas.

"Nosso receio é a banalização, que as pessoas se acostumem a muitas vezes ver um profissional de saúde ter que escolher entre vários pacientes que chegam com essa ameaça numa unidade de saúde e o médico ter que fazer a triste opção de ter que escolher apenas um deles para salvar em detrimento dos demais. As pessoas não conseguem salvar suas vidas no Sistema Único de Saúde e o Estado fechou as portas e os olhos para esse problema," destacou Jordy.

O GT, que terá a representação da Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, irá formatar a agenda das visitas em reunião prevista para julho deste ano.

O secretário de Comunicação da FENAM, Waldir Cardoso, deixou a reunião satisfeito. "A reunião foi muito importante e nos encheu de esperança de efetivamente conseguir fazer um trabalho junto à Câmara dos Deputados. Me pareceu que o deputado Jordy, está engajado no propósito de visitar os hospitais de urgência chamando todos que podem ter efetivamente interesse em buscar soluções para a grave solução que estamos enfrentando"

Também serão chamados para participarem do grupo o Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Federal de Enfermagem e outras entidades interessadas.

Para o vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, o contato com a Comissão é importante para reforçar o objetivo das entidades médicas em se aliar com a sociedade para enfrentar as dificuldades e os desafios da saúde no Brasil. "Esse Grupo de Trabalho da Comissão
vem ao encontro da nossa visão como profissionais médicos. Nós também queremos que haja um olhar da sociedade em relação ao direitos humanos das pessoas na assistência à saúde."

"Queremos traçar um diagnostico, reconhecer essa situação em loco e depois tomar as medidas necessárias, não só apelando ao Ministério da Saúde, ao Governo federal e municipal , mas também se for necessário, judicializando ou responsabilizando aqueles que têm concorrência neste quadro trágico que todos nos assistimos no Brasil", concluiu o deputado.

A promessa é que já em agosto as visitas possam ser iniciadas. O assessor parlamentar das entidades médicas, Napoleão Puentes, também participou da reunião.

Fonte: Imprensa Fenam /Foto: Taciana Giesel

Senado aprova permissão de uso de cadáveres para pesquisas científicas

Atualmente, a lei permite que as escolas de medicina utilizem - em estudos e pesquisas científicas - os cadáveres não reclamados no prazo de 30 dias. Para ampliar o número de faculdades e alunos que podem ter acesso a esses cadáveres, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) aprovou nesta quarta-feira (29) um projeto de lei que estende esse direito a cursos como educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e odontologia. A próxima etapa para o projeto - que já havia sido aprovado na Câmara, onde teve origem - é a votação no Plenário do Senado, onde tramita como PLS 64/08.

Quando apresentou a proposta, em 2007, o então deputado federal Alexandre Silveira argumentou que as faculdades que possuem cursos na área de saúde, incluindo o de medicina, podem ter acesso a cadáveres, enquanto aquelas que não incluem o curso de medicina não têm esse acesso devido à restrição legal.

Para retirar a restrição, o projeto altera o artigo 2º da Lei 8.501, de 1992. Da forma como está hoje, o artigo determina que "o cadáver não reclamado junto às autoridades públicas, no prazo de trinta dias, poderá ser destinado às escolas de medicina, para fins de ensino e de pesquisa de caráter científico".

No Senado, o projeto já passou pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), pela Comissão de Educação, Esporte e Cultura (CE) e, agora, pela CAS, com parecer favorável do senador Paulo Davim (PV-RN).

Fonte: Agência Senado

Governo adota novo modelo de gestão na área de saúde

Brasília – Com o objetivo de melhorar a prestação de serviços no Sistema Único de Saúde (SUS), o governo federal decidiu adotar um modelo de gestão já usado na iniciativa privada: o de premiar quem cumprir metas e penalizar aquele que não atender ao compromisso.

Um decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff, e publicado nessa quarta-feira (29), cria contratos que trarão metas específicas de atendimento a serem cumpridas pelos estados e municípios na rede pública de saúde, como número de cirurgias ou de pré-natal. Atualmente, são definidos apenas compromissos nacionais.

Quem descumprir os compromissos, corre o risco de ser punido, podendo deixar de receber recursos. Quem cumprir as metas, será recompensado e poderá ganhar o dobro do repasse.

“O município tem responsabilidade de ofertar um conjunto de cirurgias. Ele não consegue ofertar, você pode tirar de um município e passar para outro da região. Você pode tirar o recurso do município e passar para o estado, para contratar o serviço naquela região”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

As obrigações serão estipuladas a partir de um mapeamento sobre a realidade e a estrutura de saúde disponível nos municípios, a ser feito pelo Ministério da Saúde. Os estados e municípios serão divididos em 419 regiões, seguindo as semelhanças entre eles.

Não há prazo para as metas serem fechadas e entrarem em vigor. A expectativa do ministro é fechar 20% dos contratos até o fim do ano e a totalidade do país até 2014.

Outra novidade, segundo Padilha, é que o usuário irá saber quais os serviços disponíveis nos hospitais e postos de saúde da cidade onde mora. A ideia é disponibilizar as informações pela internet.

O decreto vem para regulamentar a Lei Orgânica da Saúde, que vigora há 21 anos. O modelo de gestão foi debatido com representantes da sociedade e secretários de Saúde estaduais e municipais.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Comissão aprova projeto que libera nome fantasia de remédios

A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 6745/10, do Senado, que revoga a proibição de nomes ou designações de fantasia em medicamentos com uma única substância ativa ou em imunoterápicos (vacinas). A proposta altera a Lei 6.360/76, que trata da vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos.

O autor da proposta, senador Osmar Dias (PDT-PR), argumenta que o dispositivo atualmente em vigor perdeu seu sentido e está, na prática, revogado pela Medida Provisória 2.190-34/01. De acordo com essa MP, medicamentos com uma única substância ativa "sobejamente" conhecida podem ser identificados por nome comercial ou de marca.

"Por não haver sentido em manter duas disposições colidentes e pelo fato de a determinação não mais ser observada no momento atual, a nova redação que propomos retira essa categoria de produtos da proibição", afirma.

O relator da proposta, deputado Ricardo Izar (PV-SP), concorda: "Realmente, o dispositivo que se pretende modificar caiu em desuso".

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Especialistas defendem mais rigor na aplicação da Lei Seca

Mauro Ribeiro, da Abramet, defendeu aumento do número de bafômetros e criação do Ministério do Trânsito.

Debatedores defenderam nesta terça-feira maior fiscalização no trânsito para que a Lei Seca (11.705/08) cumpra efetivamente sua missão de reduzir o número de acidentes e de vítimas. O tema foi abordado em audiência pública da comissão especial que analisa o consumo abusivo de bebidas alcoólicas.

“Se não fiscalizar, não adianta, porque a população vai beber”, declarou a médica Vilany Mendes Felix, do Grupamento de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. De acordo com ela, o índice de vítimas de trânsito no DF caiu logo que a lei entrou em vigor, mas agora está voltando ao patamar de antes.

O relator da comissão, deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), indagou aos especialistas presentes ao debate o que fazer para que a Lei Seca – que prevê de multa a prisão para quem for flagrado dirigindo alcoolizado – seja mais respeitada. O diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Orlando Moreira da Silva, respondeu ser necessário aumentar a abordagem policial sobre os motoristas. “Nós nos acostumamos à fiscalização eletrônica, mas ela não basta”, afirmou.

O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Mauro Augusto Ribeiro, foi na mesma linha e acrescentou: “campanha de trânsito alguma se sustenta sem fiscalização, é preciso dar o bafômetro para todos”.

Já Vilany Felix propôs a medição compulsória do índice de alcoolemia em todos os pacientes que ingressam nos hospitais, da mesma forma como são aferidos outros indicadores de saúde.

Tolerância cultural

Mauro Ribeiro criticou a “tolerância cultural” que existe em relação ao consumo de bebidas alcoólicas. Segundo ele, está provado que o álcool é o maior fator de risco para acidentes de trânsito. “A concentração segura de álcool no sangue é zero”, destacou.

O presidente da Abramet sustentou também que o combate à alcoolemia é tão importante que deveria ser liderado pela Presidência da República. Ele defendeu a criação de um ministério do Trânsito.

Condutor

Orlando Silva apontou que a maior parte da responsabilidade pelos acidentes cabe aos condutores dos veículos. Ele citou pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) segundo a qual 66% das colisões são causadas pelos motoristas, seja por excesso de velocidade, ultrapassagem em local proibido ou por embriaguez. “É no condutor que devemos concentrar nossas ações”, destacou o diretor.

Publicidade
O deputado Mandetta (DEM-MS), por sua vez, propôs que as emissoras de rádio e TV sejam obrigadas a veicular mensagem sobre os riscos do álcool em tempo igual ao dedicado à exibição de propagandas de bebidas alcoólicas. Assim, cada minuto de publicidade corresponderia a um minuto de mensagem oficial. Conforme o parlamentar, o mecanismo funcionaria como uma espécie de “direito de resposta” para enfrentar o poder econômico da indústria.

O deputado João Ananias (PCdoB-CE) criticou a mídia por ignorar os problemas decorrentes do abuso de bebida alcóolica, enquanto dá amplo destaque negativo às drogas ilícitas. Isso acontece, observou ele, porque a bebida gera muito dinheiro em publicidade. “O problema não é a marcha da maconha, mas sim as consequências do abuso de álcool”, disse.

Pontos de venda
Vilany Felix contestou ainda a venda de bebida alcoólica em postos de combustível. “É como se o Corpo de Bombeiros vendesse fogos de artifícios ou balões”, comparou.

O deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), após destacar o enorme prejuízo (cerca de R$ 30 bilhões por ano) que os traumas físicos causam à saúde pública – em especial aqueles provocados pelos acidentes de trânsito -, defendeu a tese de que é preciso coibir totalmente a associação entre álcool e direção de veículos. “Não há outra saída”, argumentou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Centrais intensificam mobilização para agenda de lutas

Redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, regulamentação das terceirizações e fim das práticas antissindicais estão entre os principais itens da pauta de reivindicações das centrais sindicais dos trabalhadores e trabalhadoras que neste semestre promete ser marcado por grandes movimentos e mobilizações.

CTB, CGTB, Força Sindical, NCST e UGT definiram uma pauta em conjunto com todo movimento sindical e todos os sindicatos ligados às centrais. Com intuito de discutir e organizar a programação das mobilizações para os próximos meses, dirigentes das centrais sindicais reunidos na sede da CTB nesta terça-feira (28) detalharam ações para os próximos eventos da agenda da classe trabalhadora.

Como aconteceu em São Paulo, as centrais convocaram os dirigentes estaduais para promoverem nas próximas semanas encontros com lideranças estaduais das centrais junto às respectivas bancadas de deputados federais representativas de cada unidade federativa. Na próxima sexta-feira (1º), também na sede da CTB encontro com lideranças de entidades como UNE, Conam, MST, UJS, Ubes, Grito dos Excluídos, UBM e Unegro, para incluir a participação de todos os movimentos na agenda das centrais.

Na capital federal, as centrais e os trabalhadores se concentrarão no dia 6 de julho, a partir das 14 horas, em frente à Catedral de Brasília, e partirão rumo ao Congresso Nacional. Após os eventos a atenção das centrais se concentrará em São Paulo, para a realização, em 3 de agosto, de grande passeata das centrais, com saída programada para as 10 horas em frente ao Estádio do Pacaembu, seguindo para a Avenida Paulista e descendo a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, rumo à Assembleia Legislativa.

A unidade das centrais sindicais somadas com a adesão de toda a militância, tanto a dos trabalhadores e trabalhadoras e também a dos movimentos sociais, pretende fazer ecoar em todo o país as reivindicações da classe trabalhadora. Da redação, com informações do Portal CTB

Fonte: Portal Vermelho

Jurisprudência do STJ beneficia portadores de HIV

A Aids, doença infecciosa e ainda sem cura, foi descoberta há 30 anos. De lá para cá muita coisa mudou. Novos medicamentos foram desenvolvidos, o tempo de vida aumentou e a Aids passou a ser considerada doença crônica como é o caso do diabetes e da hipertensão. Mas não é por isso que deve ser banalizada. Desde sua descoberta, a doença já matou mais de 30 milhões de pessoas.

Levando em consideração os direitos de quem já desenvolveu a doença ou é portador do vírus HIV, decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm contribuído para firmar uma jurisprudência sólida sobre o tema, inclusive contribuindo para mudanças legislativas.

Erro em diagnóstico


No julgamento do Recurso Especial 1.071.969, os ministros da Quarta Turma condenaram o Instituto de Hematologia do Nordeste (Ihene) a indenizar por danos morais um doador de sangue. Após doação realizada em outubro de 2000, o laboratório informou ao doador erroneamente que ele estaria infectado pelo vírus HIV e HBSAG, da hepatite B.

Segundo o relator, ministro Luis Felipe Salomão, o Ihene falhou na forma da comunicação, não atendendo os requisitos de informação clara e adequada dos serviços conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Afinal, o laboratório liberou o resultado de HIV positivo sem nenhuma advertência sobre a precariedade e, tampouco, encaminhou o doador a um serviço de referência, descumprindo, assim, determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No Agravo de Instrumento 1.141.880, o ministro Herman Benjamin condenou o município de Campos dos Goytacazes (RJ) a indenizar por dano moral uma mulher que também foi diagnosticada erroneamente como soropositivo quando estava grávida. Ela e o filho recém-nascido foram submetidos a tratamento para Aids, com uso de medicamentos fortes, antes que o engano fosse descoberto.

Também por diagnóstico errado para HIV positivo, a Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo terá que pagar uma indenização a um trabalhador. Para a Terceira Turma do STJ, a instituição que emite laudo sobre o vírus da Aids sem ressalva quanto à falibilidade do diagnóstico, tem de se responsabilizar se houver uma falha no resultado (Ag 448.342).

Infecção


No REsp 605.671, a Quarta Turma manteve decisão que condenou o Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ao pagamento de indenização a paciente infectada com o vírus da Aids quando fazia transfusão devido a outra doença.

Para o relator, ministro Aldir Passarinho Junior, nem o hospital nem o serviço de transfusão tinham controle da origem do sangue, o que indicava negligência e desleixo. O ministro destacou, ainda, que houve negativa do hospital em fornecer os prontuários e demais documentos, indicando mais uma vez comportamento negligente.

Em um julgamento que teve grande repercussão na Terceira Turma, os ministros obrigaram o ex-marido a pagar indenização por danos morais e materiais à ex-esposa por ter escondido o fato de ele ser portador do vírus HIV.

No caso, a ex-esposa abriu mão da pensão alimentícia no processo de separação judicial e, em seguida, ingressou com ação de indenização alegando desconhecer que o ex-marido era soropositivo. Para tanto, argumentou que só tomou conhecimento da situação no ato da separação judicial e que requereu a produção de provas para sustentar sua alegação.

A ação foi declarada improcedente em primeira instância e posteriormente anulada em recurso que permitiu às partes a produção das provas requeridas. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) entendeu que houve cerceamento de defesa e que a produção da prova requerida não lhe pode ser negada: “A apelante alega e procura provar um eventual comportamento lesivo intencional do apelado voltado à proliferação da Aids. A relação causa e efeito buscada pela apelante revela-se lógica e não pode ser suprimida”, decidiu o Tribunal.

No recurso interposto no STJ, a defesa do ex-marido alegou ser juridicamente impossível o pedido de ação de indenização por conduta faltosa do cônjuge durante o casamento. Alegou ainda, entre outras questões, que a renúncia dos alimentos na ação de separação implica coisa julgada, obstruindo o pedido de indenização por fatos ocorridos durante o casamento.

Citando precedentes do STJ, o relator do processo, ministro Humberto Gomes de Barros, destacou que o pedido de alimentos não se confunde com pedido indenizatório e que a renúncia a alimentos em ação de separação judicial não gera coisa julgada para ação indenizatória decorrente dos mesmos fatos que, eventualmente, deram causa à dissolução do casamento. “O artigo 129 da Lei do Divórcio trata de pensão alimentícia, que não tem qualquer relação com o pedido indenizatório por ato ilícito”, acrescentou.

Indenização a sucessores


Caso a vítima de dano moral já tenha morrido, o direito à indenização pode ser exercido pelos seus sucessores. A Primeira Turma reconheceu a legitimidade dos pais de um doente para propor ação contra o Estado do Paraná em consequência da divulgação, por servidores públicos, do fato de seu filho ser portador do vírus HIV.

Segundo o relator do processo, ministro José Delgado, se o sofrimento é algo pessoal, o direito de ação de indenização do dano moral é de natureza patrimonial e, como tal, transmite-se aos sucessores.

Portador contra União

No julgamento do REsp 220.256, a Primeira Turma manteve decisão que entendeu que cidadão contaminado pelo vírus da Aids em transfusão de sangue deve entrar com processo individual de indenização contra a União.

A questão começou quando o Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública para condenar a União a adotar medidas para tornar eficaz a fiscalização e controle da qualidade de sangue e hemoderivados. Pretendia, ainda, que fossem indenizados todos aqueles que foram contaminados pelo HIV por meio de transfusões realizadas em quaisquer estabelecimentos do país.

O relator do processo, ministro José Delgado, não reconheceu a legitimidade do MPF para instaurar a ação e manteve decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo. Segundo ele, os interesses dos cidadãos contaminados são individuais e podem ser defendidos pessoalmente, por cada um de seus titulares, mediante meios jurídicos como mandado de segurança ou ação declaratória.

O ministro concluiu que a ação civil pública não é cabível para amparar direitos individuais nem para reparar prejuízos causados por particulares. Daí, a ilegitimidade do Ministério Público Federal.

Plano de Saúde


No julgamento do REsp 650.400, a Quarta Turma entendeu que não é válida a cláusula contratual que excluiu o tratamento da Aids dos planos de saúde. Assim, a Turma reconheceu o direito de um beneficiário a ter todos os gastos com o tratamento da doença pagos pela Amil.

O relator, ministro Aldir Passarinho Junior, ressaltou que o entendimento do Tribunal é de que é abusiva a cláusula que afasta o tratamento de doenças infectocontagiosas de notificação compulsória, a exemplo da Aids. O ministro destacou que a Lei n. 9.656/1998 instituiu a obrigatoriedade do tratamento de enfermidades listadas na classificação estatística internacional de doenças e que a Aids encontra-se nessa relação.

A Terceira Turma também se posicionou sobre o assunto. No REsp 244.847, a Turma declarou nula, por considerá-la abusiva, a cláusula de contrato de seguro-saúde que excluiu o tratamento da Aids. O colegiado reconheceu o direito de uma aposentada a ser ressarcida pela seguradora das despesas que foi obrigada a adiantar em razão de internação causada por doenças oportunistas.

Em outro julgamento, a Quarta Turma manteve decisão que condenou a Marítima Seguros S/A a conceder tratamento médico ao marido de uma mulher, custeando as despesas decorrentes de infecções e doenças desenvolvidas em razão do vírus da Aids.

No caso, a seguradora tentava reverter decisão de segunda instância que a condenou ao pagamento das despesas médicas do paciente portador do HIV. Para tanto, afirmou que a esposa sabia do avançado estágio da doença do marido, o que seria razão suficiente para aplicar a pena de perda do seguro.

Para o relator do processo, ministro Ruy Rosado, se a empresa, interessada em alargar seus quadros de segurados, não examina previamente os candidatos ao contrato, não tem razão em formular queixas decorrentes de sua omissão.

Fornecimento de medicamentos


O Estado é obrigado, por dever constitucional, a fornecer gratuitamente medicamentos para portadores do vírus HIV e para o tratamento da Aids. E essa obrigação não se restringe aos remédios relacionados na lista editada pelo Ministério da Saúde. O Estado tem o dever de fornecer aos portadores do vírus ou já vítimas da doença qualquer medicamento prescrito por médico para seu tratamento. A decisão é da Primeira Turma, que rejeitou o recurso do estado do Rio de Janeiro contra portadores do vírus que solicitavam remédios não constantes da lista oficial. Sete portadores do vírus HIV entraram com uma ação contra o estado.

Isenção de Imposto de Renda


Ao julgar o REsp 628.114, a Segunda Turma garantiu a viúva de um militar do Exército o direito à isenção de imposto de renda sobre a pensão que recebe do Ministério da Defesa, em razão da morte do marido, por entender que ela demonstrou suficientemente, na forma exigida pela lei, ser portadora de Aids, fazendo jus, portanto, à pretendida isenção.

Amparo assistencial


Em 2002, em um julgamento inédito, a Quinta Turma concluiu que o portador da Aids faz jus ao pagamento pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) do benefício de prestação continuada: a garantia de um salário-mínimo mensal ao portador de deficiência e ao idoso com 70 anos ou mais que comprovem não possuir condições de manter-se por si mesmo ou por intermédio de sua família. No caso, o INSS buscava eximir-se de pagar o auxílio, instituído pela Lei n. 8.742/1993 (a Lei Orgânica da Assistência Social) e regulamentado pelo Decreto n. 2.172/1997 (que aprovou o regulamento dos Benefícios da Previdência Social).

FGTS para tratamento


O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ser sacado pelo titular para custear tratamento de criança portadora do vírus HIV, sua dependente. A decisão é da Segunda Turma, que no REsp 560.723 manteve decisão da Justiça Federal de Santa Catarina, garantindo à mãe da criança sacar o valor para o tratamento de sua filha.

Segundo a relatora, ministra Eliana Calmon, a jurisprudência do STJ já se firmou no sentido de que é possível o levantamento dos valores depositados nas contas vinculadas de FGTS para o tratamento de familiar portador do vírus HIV, tanto quanto se o tratamento for para o titular da conta. Até mesmo em relação ao PIS, o entendimento do STJ é o de que nada impede o levantamento do saldo para tratamento de doença letal.

A ministra destacou, ainda, que a medida provisória editada em 2001 incluiu na lei que a conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada quando ele ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV.

Em outro julgamento (REsp 249.026), a Segunda Turma concluiu que portador do vírus da Aids tem direito à antecipação de diferenças de atualização dos depósitos realizados em sua conta vinculada ao FGTS.

No caso, a Caixa Econômica Federal (CEF) tentava suspender, no STJ, decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que concedeu a tutela antecipada – espécie de adiantamento de um direito – a portador do vírus HIV, já sob cuidados médicos, para receber diferenças de correção dos depósitos, levando-se em conta os expurgos inflacionários dos planos Verão e Collor I e II, de janeiro de 1989, abril e maio de 1990 e janeiro e fevereiro de 1991, respectivamente. Para tanto, alegava que a decisão ia contra o Código Processual Civil e que se tratava não apenas de uma mera escrituração contábil na referida conta, mas de entregar ao autor uma quantia certa de dinheiro, para o seu usufruto.

O relator, ministro Peçanha Martins, entendeu ser impertinente o argumento da CEF de que a doença do autor nada tinha a ver com as possibilidades do saque do FGTS. Para ele, a Lei n. 7.670/1988, que concede benefícios aos portadores da Aids, possibilita-lhes expressamente o levantamento do FGTS, independentemente da rescisão contratual, e com essa base o autor obteve a liberação dos depósitos. Para o STJ, é mais que justa a pretensão à atualização correta dos valores recebidos.

Fonte: Imprensa Superior Tribunal de Justiça

Cidadão padece entre o SUS e planos de saúde

O Sistema Único de Saúde (SUS) deveria ser modelo para o mundo, pelo caráter universal, a intenção de atender a todos, indiscriminadamente. Mas, exceções à parte - uma unidade ou outra consegue manter padrão razoável de qualidade -, a regra é o caos. Resultado: o brasileiro recorre a planos privados. Além dos impostos, se dispõe a pagar mais por um mínimo de atendimento. Termina por gastar com saúde o dobro dos europeus, segundo constatação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Pior: nem assim se livra do tormento, conforme constata pesquisa encomendada ao Datafolha pelo Conselho Federal de Medicina e realizada em abril último. Ouvidos 2.061 filiados em 145 municípios, seis em cada 10 admitiram ter tido algum tipo de problema com a administradora num prazo de 12 meses.

As queixas não se diferenciam tanto daquelas dos usuários do SUS: dificuldades para marcação de consulta, tempo de espera abusivo em prontos-socorros, consultórios ou laboratórios, obstáculos para a realização de exames e procedimentos. Os médicos também reclamam. Com razão, protestam contra a baixa remuneração. Recebem em torno de R$ 30 por consulta. Mais: apontam interferência dos planos, que costumam questionar quando pedem exames complexos, de mais alto custo, adotam procedimentos, medicamentos e materiais caros, recomendam internações mais longas. Por sua vez, o governo vê crescer a inadimplência do setor, que nem sempre ressarce o SUS ao ter um segurado atendido pelo sistema público. A dívida batia em R$ 40 milhões em meados do ano passado.

Livrar o cidadão desse xeque-mate que põe a vida dele em perigo é obrigação do Estado. Mas, à ineficência do SUS e à dos planos privados, some-se a da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O órgão precisa parar de receitar placebos e começar a tratar os doentes com remédios verdadeiros. Esparadrapos podem estancar um sangramento aqui, outro ali, mas não curam ferimentos. Em ação recente, a ANS determinou que consultas com pediatras, clínicos, cirurgiões gerais, ginecologistas e obstetras não podem demorar mais do que sete dias. A providência estaria perfeita, se fosse crível. Contudo, a descrença é geral, pois a fiscalização é sabidamente insuficiente. Tanto que representantes de entidades de defesa do consumidor e médicos receberam a medida com ceticismo.

Recuperar o poder e o prestígio da ANS é passo primordial para desatar o nó que sufoca os filiados a planos de saúde - até para restabelecer a credibilidade do segmento, famoso por cobrar caro dos filiados, remunerar mal os médicos, restringir atendimentos e acumular débitos com o governo. Mas, sem um sistema público decente, confiável, as administradoras continuarão a precisar de muito pouco para atrair incautos a suas arapucas. Triste do país em que o cidadão é obrigado a escolher entre o ruim e o menos pior. Ainda mais quando se trata de cuidar da própria higidez.

Fonte: Correio Braziliense

Dieese: desemprego em sete regiões metropolitanas tem leve queda e fica em 10,9% em maio

São Paulo – A taxa de desemprego nas sete maiores regiões metropolitanas do país teve ligeira queda de abril para maio. O percentual de trabalhadores desempregados passou de 11,1% para 10,9%. De um mês para o outro, foram gerados 40 mil postos de trabalho.

Os dados constam da última Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada hoje (29). O levantamento é feito mensalmente nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.

Para o conjunto das sete regiões onde a pesquisa é realizada, o total de desempregados, em maio, foi estimado em 2,41 milhões, 40 mil a menos do que no mês anterior. Para o Dieese, a taxa de desemprego total permaneceu em relativa estabilidade, pelo segundo mês consecutivo, ao passar de 11,1%, em abril, para os atuais 10,9%.

De acordo com a pesquisa, as regiões metropolitanas de Brasília e São Paulo foram as que apresentaram a maior queda do desemprego de abril para maio. Na capital federal, a taxa baixou de 13,6% para 13%. Na região metropolitana de SP, passou de 11,2% para 10,7% – a menor taxa desde 1990.

Em Porto Alegre, entretanto, foi onde o desemprego mais cresceu. Em abril, a taxa era 7,4%. Já em maio, subiu para 7,7%. Em Fortaleza, ela subiu de 9,8% para 10%.

Nos últimos 12 meses, segundo a PED, a taxa de desemprego nas sete regiões metropolitanas, acumula queda de 2,3 pontos percentuais. Em maio de 2010, o índice era 13,2%.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ressarcimentos de planos de saúde ao SUS batem recorde

São Paulo – O valor pago por operadoras de planos de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS) pelo atendimento dos segurados em hospitais da rede pública bateu recorde no primeiro semestre deste ano. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os ressarcimentos ao SUS somaram R$ 25 milhões até agora, mais do que o total recebido pelo SUS entre 2008 e 2010.

Os planos de saúde devem ressarcir o SUS sempre que um dos seus clientes é atendido pela rede pública, e não por médicos e hospitais conveniados. Padilha disse que esses pagamentos estavam sendo feitos em ritmo lento. O governo, porém, pretende acelerar as cobranças “Queremos um ressarcimento crescente e, para isso, é fundamental o ajuste de um sistema de informação”, disse Padilha após participar da abertura da 16ª Conferência Municipal de Saúde de São Paulo.

Padilha informou que o Ministério da Saúde está trabalhando com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula o funcionamento dos planos de saúde, para obter dados sobre todos os atendimentos a clientes das operadoras feitos pelo SUS. Ele disse que uma resolução da ANS já prevê que as guias de atendimento dos clientes de planos indiquem também a identificação deles no sistema do SUS, justamente para facilitar o ressarcimento.

“Isso [a resolução] vai ser um ganho para o SUS, mas também para os planos de saúde”, disse Padilha. “Na medida que você integra o sistema de informação do SUS com o dos planos, os planos também passam a ter informações dos seus clientes quando eles passam pelo SUS.”

De acordo com Padilha, existem hoje mais de 45 milhões de usuários de planos de saúde no país. Em alguns locais, até 90% dos procedimentos de alta complexidade aos quais esses pacientes são submetidos são feitos pelo SUS.

Fonte: Agência Brasil

Estudo da OMS mostra que doenças do coração, derrames e infecções respiratórias foram as principais causas de mortes em 2008

Brasília – Doenças isquêmicas do coração, derrames e acidentes vasculares cerebrais e infecções respiratórias foram as principais causas de morte em todo o mundo no ano de 2008, de acordo com levantamento divulgado hoje (28) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em seguida, aparecem as doenças crônicas obstrutivas de pulmão; as diarreias; o HIV e a aids; os tumores de traqueia, brônquio e pulmão; a tuberculose; e o diabetes.

A estimativa da OMS é que 57 milhões de pessoas tenham morrido em 2008, e que apenas as doenças isquêmicas do coração tenham sido responsáveis por 7,3 milhões dessas mortes, enquanto os derrames e os acidentes vasculares cerebrais mataram 6,2 milhões de pessoas.

Entre crianças menores de 5 anos de idade, a estimativa de mortes é 8 milhões no mesmo período – 99% deles em países de média e baixa renda.

De acordo com a OMS, detalhar quantas pessoas morrem e as suas causas é uma das formas mais eficazes de avaliar o sistema público de saúde de cada país. “Listar esses números ajuda as autoridades de saúde a determinar se elas estão focando em ações corretas de saúde pública”, diz o órgão.

Fonte: Agência Brasil

Inscrições abertas para revalidar diploma médico obtido no exterior

As inscrições para o Revalida – Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por universidades estrangeiras – estão abertas, pela internet, até o dia 10 julho. Médicos formados fora do Brasil poderão revalidar seus diplomas pela prova unificada e, assim, otimizar tempo e investimento financeiro. O edital publicado nesta segunda-feira (27) no Diário Oficial da União abre as inscrições e traz as datas das provas e os requisitos para a avaliação.

O exame será aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em colaboração com a subcomissão de Revalidação de Diplomas Médicos, da qual participam representantes dos ministérios da Saúde, Educação e Relações Exteriores, Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes) e Inep.

As provas teóricas (objetiva e discursiva) estão marcadas para o dia 28 de agosto. As questões objetivas serão aplicadas pela manhã (das 8 às 13 horas) e as discursivas no período vespertino (das 15 às 18 horas).

Os candidatos poderão fazer as provas da primeira etapa em seis capitais: Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Campo Grande e Brasília. A segunda etapa, que avaliará as habilidades clínicas dos candidatos em prova prática, está programada para os dias 1º e 2 de outubro, em Brasília.

A elaboração de um novo modelo para a revalidação dos diplomas obtidos por estudantes em universidades estrangeiras teve início no ano passado, a partir de projeto-piloto do qual participaram 25 universidades públicas. Participaram do projeto 628 candidatos com diplomas oriundos de 32 países. Atualmente, os alunos formados em medicina em universidades de outros países precisam revalidar seus diplomas em alguma instituição pública de ensino superior. O processo, porém, é moroso e não padronizado, já que cada instituição adota um procedimento próprio. Com o exame nacional, Ministério da Saúde e MEC pretendem unificar o processo, com critérios técnicos e conceituais claros.

Ana Estela Haddad, diretora de Programa da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, explica que o governo instituiu esse método de avaliação para “garantir aos médicos formados no exterior um processo de avaliação justo, transparente e financeiramente acessível. A matriz curricular oferecerá aos candidatos a oportunidade de se preparar para a prova que agora é anual. A prova também permite uma efetiva avaliação do candidato, no mesmo nível do que se exige para o médico formado no Brasil”. A expectativa é de que, com o exame nacional, o processo seja realizado num intervalo de seis meses a um ano.

O edital do Revalida 2011 foi publicado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27). Veja o edital aqui.

A taxa de inscrição da primeira fase é de R$ 100,00 e da segunda R$ 300,00. Os candidatos que participaram do projeto piloto estarão isentos do pagamento da taxa relativa à primeira etapa de avaliação. A inscrição será realizada exclusivamente via internet no site: http://revalida.inep.gov.br/inscricao. Antes de efetuar sua inscrição, o participante deverá certificar-se de que preenche todos os requisitos exigidos para participar do exame.. Antes de efetuar sua inscrição, o participante deverá certificar-se de que preenche todos os requisitos exigidos para participar do exame.

Alguns requisitos para participação no Revalida:

· Ser brasileiro ou estrangeiro em situação legal de residência no Brasil;
· Ser portador de diploma médico expedido por instituição de ensino superior estrangeira, reconhecido no país de origem pelo seu ministério da educação ou órgão equivalente, e autenticado pela autoridade consular brasileira;
· O candidato deverá enviar imagens do diploma – frente e verso – como solicitado pelo sistema de inscrição;
· Ao preencher o requerimento de inscrição o candidato deverá selecionar a universidade pública brasileira (dentre as 37 universidades que aderiram ao Revalida) à qual a revalidação de seu diploma estará vinculada;

Os locais de prova deverão ser divulgados no site do exame (http://revalida.inep.gov.br). Os gabaritos oficiais preliminares da prova objetiva e os padrões de resposta da prova discursiva serão divulgados no mesmo endereço a partir das 19 horas na data provável de 29 de agosto. Está prevista para o dia 20 de setembro, a divulgação do resultado final da primeira fase da avaliação. ). Os gabaritos oficiais preliminares da prova objetiva e os padrões de resposta da prova discursiva serão divulgados no mesmo endereço a partir das 19 horas na data provável de 29 de agosto. Está prevista para o dia 20 de setembro, a divulgação do resultado final da primeira fase da avaliação.

Relação das 37 instituições que aderiram ao Revalida:


FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS (UFGD),
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA (UNIR),
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB),
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ (UNITAU),
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA),
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE
ALAGOAS (UNCISAL),
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL),
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC),
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE),
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA),
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA (UFRR),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS),
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE (UFAC),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS (UFAM),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UNIRIO),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (UFMA),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (UFTM),
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB).

Fonte: Ministério da Saúde

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Médico, Seu Blog foi indicado. Participe!



http://www.topblog.com.br/2011/index.php?pg=Busca&c_b=18299

Fonte: Imprensa Fenam

Número de pessoas com diabetes mais que dobrou no mundo nos últimos 30 anos

Brasília – Um estudo internacional constatou que quase 350 milhões de adultos no mundo têm diabetes – esse número mais que dobrou desde os anos 1980. O levantamento foi publicado pela revista médica Lancet e feito a partir de dados de mais de 300 países.

O número de adultos com a doença passou de 153 milhões, em 1980, para 347 milhões, em 2008, segundo o estudo. A maioria vive na China e na Índia. O tipo 2 da doença é o mais comum, consiste no aumento anormal de glicose (açúcar) no sangue.

Os principais sintomas são sede e fome excessivas, vontade constante de urinar, perda de peso, cansaço, infecções regulares, visão embaçada, dificuldade de cicatrização de feridas e formigamento nos pés.

Estima-se que 5,8% dos brasileiros a partir dos 18 anos têm diabetes tipo 2, o equivalente a 7,6 milhões de pessoas, conforme dados do Ministério da Saúde. A alimentação saudável e prática de atividades físicas ajudam a controlar o diabetes. O tratamento pode incluir também medicamentos.


* Com informações da agência de notícias BBC Brasil

Fonte: Agência Brasil

Saúde publica princípios e objetivos do programa Rede Cegonha

Brasília – O Diário Oficial da União publica hoje (27) portaria que regulamenta a Rede Cegonha. O programa lançado no final de março pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Belo Horizonte (MG), conta com quase R$ 9,4 bilhões para garantir assistência segura e humanizada à mãe e ao bebê.

Um dos objetivos é dar mais qualidade aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) na área de atenção à saúde das mulheres e crianças – da confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê.

Uma das características do programa é o parto humanizado – uma concepção de parto incentivada pelo governo federal, em que se busca dar o máximo de conforto à gestante, num ambiente mais acolhedor, em que a mulher pode escolher um acompanhante.

O Rede Cegonha contará com R$ 9.397 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde para investimentos até 2014. Os recursos serão aplicados na construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 26 de junho de 2011

OMS divulga guia para prevenção e tratamento de aids entre gays e transexuais

Brasília – Pela primeira vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um guia global para orientar autoridades de saúde e médicos sobre a prevenção e o tratamento de aids entre homossexuais e transexuais. O motivo é o aumento de casos de aids entre homens que fazem sexo com homens, principalmente em países desenvolvidos e outras regiões do mundo. Na América Latina, estima-se que metade dos casos da doença ocorreu por causa de sexo anal desprotegido entre homens.

Os homens que fazem sexo com homens (HSH) têm 20 vezes mais risco de serem infectados pelo vírus HIV em comparação com o restante da população, segundo a OMS. Entre os transexuais, a taxa de infecção varia de 8% a 68%, dependendo do país ou da região.

Para a OMS, esses grupos de pessoas têm dificuldade de pegar um preservativo ou tomar um antirretroviral por sofrerem discriminação e estigma. Uma das recomendações do organismo internacional é criar leis antidiscriminação e de proteção aos direitos humanos, além de abrir os serviços de saúde para atendê-los.

“Mais de 75 países criminalizam pessoas que mantêm relação sexual com o mesmo sexo. Os transexuais não são reconhecidos legalmente na maioria dos países. Essas condições forçam os HSH e os transexuais a sofrer sanções penais se quiserem discutir seu nível de risco sexual com um profissional de saúde. Eles [países] também autorizam a polícia a intimidar organizações que prestam assistência a essas populações”, diz o guia.

Outras orientações incluem o incentivo ao uso de preservativo e a oferta de teste rápido de aids a esses grupos.

O diretor do Departamento de HIV/Aids da OMS, Gottfried Hirnschall, ressaltou que não há como conter a epidemia mundial de aids sem orientações específicas aos homossexuais e transexuais. Estudo divulgado no ano passado pelo governo brasileiro constatou taxa de prevalência do HIV entre jovens gays com mais de 18 anos de 10,5%, acima da estimada na população masculina de 15 a 49 anos (0,8%). De acordo com a pesquisa, 57% dos homens em geral usam preservativo em relações sexuais com parceiros casuais, contra 54,3% dos jovens homossexuais.

Fonte: Agência Brasil

sábado, 25 de junho de 2011

Brasil tem dois casos suspeitos de infecção pela bactéria E.Coli

Brasília - A Secretaria de Saúde de Campinas, no interior de São Paulo, comunicou ontem (24) ao Ministério da Saúde a suspeita de dois casos de infecção pela bactéria E.Coli na cidade. Se os exames confirmarem a suspeita, serão os primeiros casos no Brasil. A bactéria já contaminou 3.836 pessoas na Europa e provocou 45 mortes, a maioria na Alemanha.

Os dois pacientes com suspeita de contaminação voltaram da Europa no dia 11 de junho e apresentaram os primeiros sintomas no dia 14. A infecção pela E.Coli causa cólicas abdominais severas e forte diarreia, muitas vezes com sangue. De acordo com o Ministério da Saúde, os dois não estão internados e passam bem. Eles já foram submetidos a exames laboratoriais para confirmar ou descartar a suspeita.

De acordo com o governo brasileiro, não há risco de surtos no Brasil a partir dos casos notificados hoje, se forem confirmados.

A transmissão da E.Coli ocorre pelo consumo de alimentos contaminados crus ou mal cozidos ou pelo contágio via fecal-oral, quando alguém ingere água ou alimentos contaminados por micropartículas de fezes de pessoas infectadas ou quando uma pessoa leva à boca objetos contaminados.

Não há, por enquanto, nenhuma restrição a viagens internacionais, mas o Ministério da Saúde recomenda que pessoas em viagem por países da Europa e pelos Estados Unidos não comam alimentos crus, principalmente vegetais e produtos de origem animal.

Aos profissionais de saúde, a recomendação é ficar alerta para casos suspeitos, principalmente em casos de pacientes que estiveram em viagens internacionais nos últimos 30 dias, sobretudo na Europa.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 24 de junho de 2011

14ª Conferência Nacional de Saúde




Ministro Alexandre Padilha e a coordenadora-geral da Conferência, Jurema Werneck, falam da importância das Conferências Municipais de Saúde servirem como base à 14ª Conferência Nacional de Saúde e convidam todos os brasileiros a participarem deste evento que acontecerá de 30/11 a 04/12/2011, ano em que o SUS completa 22 anos.


Fonte: CNS

Proposta elimina vínculo empregatício de profissional cooperado

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 318/11, do deputado Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG), que regulamenta o exercício da atividade das cooperativas de profissionais da saúde. Conforme a proposta, não há vínculo empregatício entre o profissional de saúde cooperado e o estabelecimento contratante (hospitais, clínicas médicas, odontológicas, de fisioterapia, psicologia, radiologia, laboratórios de análises clínicas, etc.).

Com isso, a proposta elimina a contribuição previdenciária paga por empresas da área de saúde que contratam profissionais associados a cooperativas de trabalho.

A proposta altera a Lei 8.212/91, que institui o Plano de Custeio da Seguridade Social. A lei fixa a contribuição previdenciária (paga pela empresa) em 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços a cargo de cooperados contratados por intermédio de cooperativas de trabalho.

Para Vasconcellos, não há justificativa para a aplicação de direitos trabalhistas a cooperados, porque cada profissional é um associado, não um empregado. "O próprio associado é um dos beneficiários centrais dos serviços prestados, na medida em que também recebe bens ou serviços da sociedade", sustenta.

O projeto deixa claro ainda que a aplicação de penalidades aos estabelecimentos de saúde decorrentes do reconhecimento de emprego só poderá ocorrer após decisão definitiva da Justiça do Trabalho.

A proposta é semelhante ao PL 3711/08, que foi arquivado no fim da legislatura passada pelo fato de sua tramitação não ter sido concluída.

Tramitação
O projeto terá análise conclusiva das comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

CNE estuda revisão de regras para revalidação de diplomas estrangeiros no Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff prometeu para o segundo semestre o lançamento do programa que pretende levar 75 mil estudantes brasileiros ao exterior com bolsas de mestrado, doutorado e graduação. Diante desse cenário de expansão da internacionalização do ensino superior, o Conselho Nacional de Educação (CNE) começa a discutir a revisão das regras para revalidação de diplomas estrangeiros no Brasil. Hoje, o processo é burocrático e longo e, muitas vezes, quem retorna ao país depois de uma temporada de estudos no exterior não consegue ter o documento reconhecido, o que dificulta a atuação profissional em algumas áreas.

Atualmente o processo ocorre de forma descentralizada: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determina que cabe às universidades públicas a tarefa de validar os diplomas obtidos em instituição estrangeira, seja de graduação, mestrado ou doutorado. Cada uma delas estabelece critérios próprios que podem incluir análise do currículo, prova ou mesmo a exigência de que o aluno curse disciplinas extras no Brasil. Em alguns casos, o estudante dá entrada no processo em mais de uma instituição para aumentar a chance de obter o diploma.

De acordo com o professor Paulo Barone, membro da Câmara de Educação Superior do CNE, as discussões ainda estão no começo, mas há o entendimento de que a revisão dessas regras é necessária. “Por um lado há uma necessidade de pautar o processo por critérios de qualidade, por outro, uma dispersão de atividades, com critérios e concepções completamente diferentes dentro das instituições, o que torna o processo de revalidação excessivamente ineficaz”, avalia.

Entre as possibilidades que estão em discussão está a de um reconhecimento mais facilitado no caso de estudantes que vão ao exterior com bolsas cedidas por órgãos do governo como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), já que, nesses casos, a qualidade do curso e das instituições estrangeiras já foi certificada para a concessão da bolsa. Há ainda a possibilidade de criar critérios comuns ou diretrizes gerais para que não haja tanta discrepância nos processos. Barone aponta que será necessário convocar todos os organismos e as instituições envolvidas no processo para articular a mudança.

“Hoje esse serviço é quase personalizado porque cada instituição tem sua regra e cada departamento dentro dela tem as suas. Se houvesse uma orientação geral, preservando a lógica da autonomia universitária, o processo poderia ser melhorado”, avalia Edward Brasil, reitor da Universidade Federal do Goiás (UFG) que acaba de cumprir seu mandato como presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Além de demorado, os trâmites podem pesar no bolso do estudante. Em geral, as universidades cobram uma taxa administrativa para custear o processo. Não existe um valor pré-estabelecido: na Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, é cobrado R$ 1.530, já na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a taxa é R$ 315 no caso da pós-graduação.

Saulo Chaves, 30 anos, cursou medicina no Instituto Superior de Ciências Médicas de Havana, em Cuba, e, ao retornar ao Brasil, em 2006, se surpreendeu com o processo que teria de enfrentar para poder revalidar o diploma e exercer a profissão no Brasil. Ele calcula que gastou cerca de R$ 4 mil com o pagamento de taxas e viagens para concluir o processo.

Todos os trâmites duraram quase dois anos até que ele foi aprovado em uma prova aplicada pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) para conceder a revalidação. “É muito desagradável. Na época, era permitido fazer a residência médica antes da revalidação e nesse período eu não podia assinar nenhum documento porque não era reconhecido como médico. É muito frustrante, do ponto de vista profissional, não poder exercer [a medicina] vendo a carência do povo por atendimento”, conta.

Hoje, Chaves trabalha no interior da Bahia. Ele foi morador de um acampamento de assentados da reforma agrária e viajou para Cuba com apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O curso de medicina cubano tem o foco no atendimento preventivo comunitário, com princípios semelhantes ao Programa Saúde da Família, do governo brasileiro. Ele ressalta que faltam médicos com esse perfil para trabalhar nas zonas rurais do país e lamenta que o reconhecimento do diploma de brasileiros que estudam em Cuba seja tão difícil. “Quando você coloca tudo em um caldeirão, a questão da qualidade do ensino é um problema e você precisa distinguir a formação recebida. Mas, no caso de Cuba, o sistema [educacional] é muito próximo”, defende.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Médicos pedem mais investimentos e valorização de profissionais da saúde da família

Brasília - Base do sistema de saúde, a medicina de família e comunidade precisa de investimentos, valorização social e incentivos à formação de profissionais. A avaliação é do médico Sandro Batista, presidente do 11° Congresso Brasileiro de Medicina de Família, que começou ontem (23) em Brasília.

Médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e especialistas vão discutir os desafios do setor e pedir a valorização da atenção primária à saúde como estratégia de melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Batista, a política de atenção básica do SUS ainda é subfinanciada, o que eleva gastos e sobrecarrega outras etapas do sistema.

“O governo diz que trata a questão como prioridade, mas a medicina de família e comunidade está subfinanciada. Os investimentos nessa área podem representar economia em outras. Quando você cuida e acompanha um paciente com hipertensão, por exemplo, ele dificilmente terá que ser internado por um AVC [acidente vascular cerebral], com gastos de internação e medidas pós-hospitalares”, compara o médico.

No começo de junho, o governo anunciou um plano de reestruturação da política de atenção básica do SUS, que deve receber R$ 2,2 bilhões a mais por ano, elevando o orçamento anual de R$ 9,8 bilhões para R$ 12 bilhões. “Queremos aproveitar esse momento político para reafirmar a importância da atenção primária para a melhoria do sistema de saúde do país, por isso decidimos realizar o congresso em Brasília e com o tema Medicina de Família e Comunidade: agora mais do que nunca”, explicou Batista.

Além do financiamento, a formação de profissionais especializados em saúde da família e a valorização do papel social desses agentes também são demandas prioritárias do setor. A figura do médico de família, comum em outras gerações, tem perdido espaço na lógica atual de atendimento de saúde. No entanto, segundo o presidente do congresso, é possível retomar esse espaço e reaproximar médicos e pacientes.

“A medicina de família é mais individualizada, o cuidado é longitudinal, ao longo do tempo. Não é um encontro clínico, o médico conhece as pessoas, estabelece vínculos. É um atendimento mais amplo, trabalha com o geral, enxerga as complexidades relacionadas com a família e com a inserção nas comunidades”.

Mais de 4 mil profissionais de saúde devem participar do congresso, que vai até domingo (26).

Fonte: Agência Brasil

Secretaria orienta sobre uso de medicamento contra gripe

O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, assinou nesta quarta-feira (22) nota técnica ao Conselho Regional de Medicina e outras instituições de saúde para orientar o uso do antiviral oseltamivir no tratamento de todos os casos de Síndrome Gripal (SG) ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). “Esta solicitação é para evitar mortes ou doenças graves resultantes do vírus da influenza”, afirmou o secretário.

Hoje há em estoque 500 mil tratamentos de oseltamivir disponíveis no estado. O medicamento é fornecido gratuitamente para toda a população nos serviços de saúde da rede estadual e municipal. Além destes, apenas a Farmácia Popular do Ministério da Saúde detém o medicamento, que é de venda proibida. “Precisamos que as sociedades médicas nos ajudem a orientar os profissionais quanto ao receituário”, afirmou o superintendente de vigilância em saúde, Sezifredo Paz.

Segundo orientação do Ministério da Saúde, o medicamento só deveria ser oferecido para determinados grupos de pacientes. “No Paraná decidimos manter amplo e irrestrito o fornecimento do medicamento, condicionado à prescrição médica”, disse Paz.

ESTRATÉGIA
Na terça-feira (28) Michele Caputo Neto, que é representante da região Sul no Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, e o superintendente de vigilância em saúde, Sezifredo Paz, se reúnem com representantes dos estados do sul para fortalecer a posição de manter uma estratégia diferenciada em relação ao enfrentamento do H1N1. A reunião acontecerá em Porto Alegre (Rio Grande do Sul).

A nota técnica está disponível no site www.saude.pr.gov.br


Fonte: AENotícias

Secretaria da Saúde do Paraná dá primeiro passo para implantação do HOSPSUS

A Secretaria de Estado da Saúde apresentou nesta quarta-feira (22) as linhas gerais do Programa HOSPSUS para 41 hospitais paranaenses, Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes (Femipa), Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e secretários da Saúde de sete municípios de gestão plena. O programa será lançado no dia 13 de julho pelo governador Beto Richa e se propõe a reestruturar o sistema hospitalar do Estado de forma a ter hospitais qualificados em todo Paraná. Por meio do HOSPSUS a secretaria destinará recursos para hospitais públicos e filantrópicos que sejam social e sanitariamente necessários.

Durante todo o dia, o grupo conheceu as propostas do programa e o termo de compromisso que deverá ser assinado entre o governo do Paraná, por meio da Secretaria da Saúde, e os hospitais.

Na abertura do encontro, o secretário Michele Caputo Neto relatou ter visitado diversos hospitais estratégicos do Estado que nunca receberam recursos do governo estadual. “Os hospitais que estão aqui para esta primeira fase são unidades estratégicas identificadas por nossa equipe. Se aderirem ao programa, receberão neste primeiro momento recursos para custeio, mas o objetivo é que também façamos investimentos em obras e equipamentos para termos no Paraná uma rede qualificada de hospitais”, informou. Segundo ele, os três hospitais universitários estaduais – de Londrina, Maringá e Cascavel – estarão no programa, assim como hospitais municipais e filantrópicos que dão respostas às necessidades da população.

O diretor geral da secretaria, Rene Santos, ressaltou a importância de implantar o programa em todas as regiões do Estado e falou da estruturação das redes de atenção no Paraná. “Desde o início do ano temos feito reuniões de planejamento onde montamos nosso mapa estratégico, que define as propostas desta gestão para a saúde do Paraná”, disse. A secretaria estabeleceu cinco redes prioritárias – materno-infantil, urgência e emergência, saúde mental, atenção à saúde do idoso e da pessoa com deficiência. Os hospitais deverão atuar de forma a atender essas redes prioritárias, por isso a importância de sua qualificação.

A superintendente de gestão em saúde, Márcia Huçulak, relatou a origem da ideia do HOSPSUS. “Conhecemos o PROHOSP do governo mineiro e tivemos apoio para aperfeiçoar aquilo que já foi testado em Minas Gerais”. Segundo ela, ainda durante a campanha eleitoral a equipe do secretário Michele Caputo fez um diagnóstico da situação da saúde do Paraná e percebeu que a assistência hospitalar é um dos gargalos a serem trabalhados. Por isso o programa já estava definido na proposta do então candidato Beto Richa e agora se confirma como um programa de governo que deverá ser trabalhado durante toda a gestão.

INVESTIMENTOS – Nesta primeira fase, o governo do Paraná investirá mais de R$ 20 milhões em custeio, R$ 15 milhões em obras e equipamentos e R$ 1 milhão em capacitação. Os hospitais que aderirem ao HOSPSUS terão acesso a uma parceria estabelecida para capacitar gestores e profissionais de saúde em gestão hospitalar, trauma e obstetrícia.

Os hospitais convidados para conhecer as regras do novo programa terão até o dia 8 de julho para confirmar sua adesão. No dia 13 de julho, durante a cerimônia de lançamento do HOSPSUS com o governador Beto Richa, serão assinados os termos de adesão.

“Espero que todos os hospitais convidados a participar deste programa confirmem sua adesão no dia 13, porque assim estaremos iniciando uma nova fase de parceria que resulta em mais e melhor saúde para nossa população”, disse Caputo Neto.

Fonte:AENotícias

Governo decide revisar normas da Anvisa para financiar comunidades terapêuticas

Brasília - Com o objetivo de financiar as chamadas comunidades terapêuticas, destinadas à recuperação de pessoas viciadas em drogas, o governo decidiu ontem (22) revogar a Resolução 101/2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece regras mínimas a serem seguidas pelas unidades de tratamento.

De acordo com a secretária nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina Duarte, a decisão foi anunciada pela presidenta Dilma Rousseff durante reunião com representantes dessas comunidades.

A secretária disse ainda que a presidenta pediu a formação de um grupo de trabalho, a ser coordenado pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para rever a legislação, com o objetivo de acolher mais comunidades que possam prestar o serviço de recuperação de pessoas viciadas em drogas.

"Temos uma resolução da Anvisa que estará sendo revista por esse grupo criado esta tarde pela presidenta. É uma resolução que coloca normas mínimas de funcionamento para comunidades terapêuticas. Essa resolução deve ser revista para que se possa atender a nova perspectiva de acolhimento das comunidades, como rede de apoio à rede pública de tratamento", disse a secretária ao sair da reunião.

Ela explicou que a resolução da Anvisa será revisada integralmente. "Muitas das comunidades, hoje, atendem plenamente as exigências, outras têm dificuldades, especialmente no que se refere à infraestrutura e à equipe técnica. A decisão da presidenta de colocar também em revisão essa resolução vai ao encontro de poder atender a - e acolher - todas as comunidades", disse.

O grupo de trabalho criado por Dilma Rousseff terá a função de preparar uma legislação que permita a inclusão de comunidades terapêuticas no atendimento aos cidadãos. A reunião de hoje, de acordo com Paulina Duarte, atendeu ao pedido da presidenta que queria conhecer o trabalho desenvolvido pelas comunidades.

Ao sair da reunião, o pastor Wellington Vieira, que preside a Federação de Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (Feteb), disse que a decisão da presidenta serviu para tirá-los da clandestinidade. "Fomos reconhecidos pela presidenta [Dilma Rousseff] como um serviço de atenção à dependência química no Brasil. Ela nos tirou da clandestinidade, nos legitimou", afirmou.

O pastor disse ainda que a maior parte das entidades é ligada às igrejas e que eles tratam as pessoas por meio de um "despertar espiritual". "A gente expôs para a presidenta que nós temos amor e compaixão por essas pessoas".

Fonte: Agência Brasil

SUS tem 223 mamógrafos parados por falta de assistência técnica e de pessoal para operá-los

Brasília – Cerca de 15% dos mamógrafos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão sem uso, segundo auditoria inédita feita pelo Ministério da Saúde. Dos equipamentos em funcionamento, 44% ficam em unidades de saúde dos estados da Região Sudeste.

No total, o SUS conta com 1.514 equipamentos de mamografia. Desses, 223 estão parados, 111 têm baixa produtividade, 85 apresentam defeitos e 27 estão em embalagens.

O governo federal constatou que os equipamentos não são usados ou têm baixa produtividade por falta de assistência técnica e de pessoal qualificado para operá-los. “Em alguns locais, o mamógrafo só é operado pela manhã e fica ocioso depois”, disse o diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), Adalberto Fulgêncio, que coordenou a auditoria, feita durante dois meses.

A vistoria identificou que o Acre dispõe de três aparelhos, mas somente um é usado. Os outros dois ainda estão na caixa, a maior proporção de equipamentos sem uso em todo o país, o equivalente a 66,7% .

A Região Sudeste tem 669 dos mamógrafos disponíveis no SUS, sendo que o estado de São Paulo é responsável por 335 (309 em funcionamento). Em Minas Gerais, dos 211 aparelhos, 36 estão inoperantes – o maior número absoluto de equipamentos fora de operação em todo o país.

Conforme o levantamento, o Norte é a região com o menor número de equipamentos e também com o maior percentual de aparelhos sem uso. Dos 86 mamógrafos existentes, 20 estão parados (23,3%), sendo 14 por causa de defeitos. Roraima (dois) e Santa Catarina (64) são os únicos estados em que todos os mamógrafos estão funcionando.

Segundo o Ministério da Saúde, o total de mamógrafos no SUS é suficiente para atender mulheres de 40 a 59 anos. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda um aparelho para cada 240 mil habitantes. A oferta universal do exame não ocorre devido à concentração dos aparelhos em regiões metropolitanas e a baixa produtividade, conforme o ministério.

Os auditores identificaram que 28% dos estabelecimentos do SUS não tem informações atualizadas sobre serviço de mamografia.

Diante dos resultados, o ministério pretende, junto com estados e municípios, instalar mamógrafos em locais que não tenham o equipamento. A pasta pretende ainda equipar unidades móveis com o aparelho para que atendem às mulheres nos municípios do interior.

O ministério também deve fazer acordo com os fornecedores para que prestem assistência técnica aos mamógrafos. Está prevista a capacitação de 25 mil técnicos em radiologia até 2015. “Queremos dobrar o número de exames por ano [ de 3 para 6 milhões]”, afirmou Fulgêncio.

A mamografia é um exame fundamental para identificar o câncer precoce na mama - a maior causa de mortes de mulheres no Brasil.

Fonte: Agência Brasil

Termina a fase inicial das ações do SIMEPAR em face aos Planos de Saúde

Foi realizada nesta terça-feira, dia 21/06, a última audiência da fase inicial (audiências de instrução) das três ações do SIMEPAR em face às operadoras de planos de saúde. Ações foram protocoladas no fim do ano passado e início deste ano na Justiça do Trabalho e pleiteiam o equilíbrio financeiro dos contratos com o ajuste dos honorários médicos pagos pelas operadoras nos últimos anos, além do reajuste dos honorários futuros.

São três ações coletivas: uma em face das empresas de medicina de grupo, outra das empresas seguradoras e a terceira em face das operadoras de autogestão (Unidas). A audiência desta terça-feira foi de instrução em face de uma seguradora que não fora citada na primeira audiência. Agora, mesmo citada, a operadora não se fez representar. Encerrada essa fase, as operadoras apresentarão suas defesas e os juízes passam a ouvir as testemunhas e argumentações das partes.

As ações contam com o apoio da Associação Médica do Paraná e do Conselho Regional de Medicina, entidades que junto com o SIMEPAR integram a Comissão Estadual de Honorários Médicos.A intervenção judicial é mais uma frente da luta dos médicos por condições dignas de trabalho e remuneração, para que possam proporcionar um bom atendimento aos usuários dos planos de saúde.

Fonte: Imprensa Simepar

Secretário de Saúde de Foz do Iguaçu visita SIMEPAR


O Secretário Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, Dr. Alexandre Kraemer, visitou o SIMEPAR nesta quarta-feira, 22/06. Ele apresentou aos diretores do SIMEPAR a situação da saúde pública naquele município e aproveitou para discutir as dificuldades para contratar e fixar os médicos no serviço público.
Dr. Alexandre foi recebido pelo presidente do SIMEPAR, Dr. Mario Ferrari e pelos diretores Dr. Marlus Volney de Morais e Dr. Paulo Francisco Coelho Soares. As iniciativas da prefeitura no sentido de melhorar o atendimento à população, unindo a valorização dos profissionais com a modernização dos serviços serão detalhadas a partir de uma visita de dirigentes do SIMEPAR a Foz, que acontecerá nos próximos dias.

Fonte:Imprensa Simepar

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Hospital particular poderá ter de atender paciente do SUS em estado grave

A Câmara analisa o Projeto de Lei 565/11, do deputado Lindomar Garçon (PV-RO), que obriga hospitais da rede privada a prestar atendimento a pacientes em estado grave quando não houver vagas na rede pública de saúde.

Pela proposta, a caracterização da situação de gravidade do paciente deverá ser atestada por médico devidamente credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A proposta estabelece também que os hospitais particulares deverão manter pelo menos 5% de seus leitos disponíveis – inclusive os destinados ao tratamento intensivo – para a finalidade descrita na nova norma. Caberá ao Poder Executivo arcar com as despesas decorrentes dos atendimentos, em conformidade com as tabelas de valores do SUS.

Lindomar Garçon ressalta que o projeto diminuirá o sofrimento dos cidadãos que aguardam atendimento médico e não causará prejuízo aos hospitais particulares. “Como o governo não constrói mais unidades hospitalares, alegando falta de recursos, nada mais oportuno do que aproveitar a disponibilidade da rede privada, mantendo seus leitos sempre ocupados, e sem prejuízo algum, pois o SUS cobriria as despesas normalmente”, argumenta o parlamentar.

O texto prevê ainda que, caso haja indisponibilidade de vaga, o hospital particular procurado ficará responsável pela imediata localização e reserva de leito em outra unidade e será corresponsável pelo atendimento do paciente.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O texto é idêntico ao PL 2583/07, do ex-deputado Walter Brito Neto, que foi arquivado ao final da legislatura passada.


Fonte: Agência Câmara de Notícias

CAMPANHA DE VALORIZAÇÃO DO MEDICO





Fonte: Sindicato dos Médicos de Sergipe

O Médico Vale Muito




Fonte: Cremerj

terça-feira, 21 de junho de 2011

Plano de saúde é isento de ISS sobre valores repassados a médicos e hospitais

Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) cobrado dos planos de saúde deve incidir somente sobre o valor líquido recebido pelas empresas. A base de cálculo do tributo exclui o montante repassado aos médicos, hospitais, laboratórios e outros prestadores de serviços cobertos pelos planos. Essa é a jurisprudência firmada no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Seguindo esse entendimento, a Segunda Turma do STJ rejeitou recurso especial do município de Caxias do Sul contra decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O município alegou que a base de cálculo do ISS a ser pago pelos planos de saúde era a totalidade do preço mensal pago pelos usuários, sem qualquer desconto. Para demonstrar divergência jurisprudencial, o município apresentou decisões do STJ no sentido de seu argumento.

O relator do recurso, ministro Mauro Campbell Marques, destacou que o STJ já consolidou a tese de que a base de cálculo é o valor líquido recebido, excluindo-se do valor bruto pago pelo associado os pagamentos efetuados aos profissionais credenciados. “Em relação aos serviços prestados por esses profissionais, há a incidência do tributo, de forma que a nova incidência sobre o valor destinado a remunerar tais serviços caracteriza-se como dupla incidência do ISS sobre o preço pago por um mesmo serviço”, explicou o relator.

Marques observou que as decisões em contrário apresentadas no recurso trazem jurisprudência antiga, já superada pela Corte. Seguindo o voto do relator, a Turma negou provimento ao recurso. A decisão foi unânime.

Fonte:Imprensa - Superior Tribunal de Justiça

No Dia Nacional de Combate à Asma, pneumologista alerta para crises da doença durante inverno

Brasília – Apesar do frio já registrado em grande parte do país, o inverno brasileiro começa oficialmente hoje (21) – data que também marca o Dia Nacional de Combate à Asma. De acordo com o pneumologista e presidente da Iniciativa Global contra a Asma, Rafael Stelmach, pessoas alérgicas devem redobrar os cuidados durante o período de baixas temperaturas e ar seco.

Em entrevista, ele explicou que a asma é uma doença inflamatória das vias aéreas, geralmente associada a alergias transmitidas geneticamente. Quando a pessoa com essa condição se expõe a fatores externos como poeira, mofo e fumaça, surgem sintomas como tosse seca, chiado no peito e falta de ar.

Baratas, animais domésticos, perfumes, produtos de limpeza e mudanças de temperatura também podem desencadear uma crise. Outro alerta é para o aumento de casos de virose registrados durante o inverno. Uma simples gripe em pessoas asmáticas geralmente precede as crises.

Stelmach destacou que a doença, por se tratar de uma condição geneticamente determinada, não tem cura, mas precisa ser controlada por meio de tratamento. Para quem tem crises pelo menos uma vez por semana, a orientação é inalar diariamente antiinflamatórios à base de corticoide. O controle deve ser similar ao de uma doença crônica como o diabetes e a hipertensão.

A trabalhadora autônoma Maria das Neves de Araújo, de 44 anos, conhece bem a rotina de cuidados contra a asma. Ela convive com o quadro desde 1994, depois de um tratamento malsucedido contra uma pneumonia. Atualmente, toma dois comprimidos por meio de inalação, duas vezes ao dia, além de fazer acompanhamento médico a cada três meses.

“Como não tenho mais crises, minha rotina continua mais ou menos a mesma. Mas, quando tinha crises, tinha que me afastar de poeira, dos cheiros fortes. Tudo era prejudicial. Hoje, tenho uma vida normal. O tratamento melhorou muito minhas crises”, disse.

Eduardo Ribeiro, de 40 anos, teve o diagnóstico confirmado quando tinha 15 anos. “Como em 1985 a medicina ainda não estava tão avançada, não fazia tratamento, só tomava remédio quando tinha crise”, relatou. Atualmente, o servidor público toma corticoides todos os dias ao anoitecer e não tem crises há mais de seis anos. “Só evito ambientes com fumaça de cigarro e poeira. Minha casa não tem tapete e as cortinas são bem limpas”, contou.

Dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia indicam que a asma afeta entre 10% e 25% da população brasileira, sendo responsável anualmente por 400 mil internações hospitalares e 2.500 óbitos.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 20 de junho de 2011

CONCURSO PÚBLICO PARA MÉDICO

CONCURSO PÚBLICO PARA MÉDICO

Funções: Generalista, Infectologista, Pediatra e Psiquiatra.

SALÁRIO: R$11.849,61
A carga horária poderá ser desempenhada em regime de escala, incluindo o período noturno, sábados, domingos e feriados.


INSCRIÇÕES: 14 a 28 de junho de 2011

INFORMAÇÕES NO LINK: http://www.cascavel.pr.gov.br/portal_servidor/concursos-andamento.php


Ildemar Marino Canto
Secretário de Saúde de Cascavel/PR
(45) 3321-2164
www.cascavel.pr.gov.br

CFM avalia que usuários de planos de saúde só terão atendimento dentro do prazo se rede for ampliada

Brasília – Os usuários de planos de saúde e odontológicos serão atendidos dentro dos prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) se a rede de profissionais credenciados for ampliada. A avaliação é do Conselho Federal de Medicina (CFM).

“A resolução da ANS que estabelece prazos máximos para as operadoras de planos de saúde assegurar aos seus clientes a prestação de serviços e procedimentos prometidos terá êxito apenas se atingir seu objetivo maior: a ampliação da rede de cobertura garantida aos seus clientes no momento da assinatura dos contratos”, diz nota divulgada hoje (20) pela entidade, com avaliação do segundo-vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda.

Para as organizações representativas das operadoras, é viável cumprir os prazos estipulados pelo governo, que passam a vigorar em 90 dias.

A resolução da agência reguladora definiu, por exemplo, que o paciente deverá esperar por, no máximo, sete dias por uma consulta com pediatra, ginecologista, cirurgião-dentista ou por uma cirurgia geral. O plano que descumprir as regras poderá pagar multa de até R$ 80 mil ou sofrer auditoria da ANS.

A agência reguladora estabeleceu também que o consumidor pode procurar um prestador não credenciado e pedir reembolso quando não conseguir o atendimento dentro do prazo previsto. Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), essa possibilidade servirá para obrigar o plano a melhorar a rede de atendimento. “Para o instituto, a possibilidade de o consumidor procurar um prestador não credenciado, e a operadora ser obrigada a custear esse atendimento levam o plano de saúde a adequar e ampliar sua rede de atendimento, melhorando a qualidade dos serviços prestados”, diz o Idec, em nota publicada em seu site.

Fonte: Agência Brasil

Associações de defesa do consumidor cobram mais fiscalização da ANS sobre planos de saúde

Brasília – Na avaliação das associações de defesa do consumidor, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável por regular os planos de saúde, terá de intensificar a fiscalização para fazer com que as operadoras de planos de saúde cumpram a nova norma do governo que define prazos de atendimento.

Em sua página na internet, a Proteste Associação de Consumidores alerta para a necessidade da fiscalização ser mais efetiva para que a norma seja obedecida. “Levantamento feito pela Proteste mostra que, quanto maior o número de clientes de uma empresa, maior o tempo médio de agendamento”. Para entidade, isso ocorre provavelmente ocorre porque a “ANS não cobra aumento na rede de atendimento dos planos na proporção do aumento do número de beneficiário”.

A ANS estipulou limite de espera de três a 21 dias para o segurados, dependendo do tipo de consulta ou procedimento procurado. Para as chamadas consultas básicas, com pediatra ou ginecologista, o prazo para o usuário ser atendido é até sete dias.

Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), os prazos deveriam ser menores ainda. Nos casos em que o serviço não for prestado dentro do prazo, o cliente atendido por um profissional não credenciado deverá ser reembolsado em até 30 dias pela operadora. Na avaliação do instituto, essa regra “leva o plano de saúde a adequar e ampliar sua rede de atendimento, melhorando a qualidade dos serviços prestados”.

A ANS informou que as operadoras que descumprirem as regras poderão ser multadas em até R$ 80 mil ou sofrer auditoria da agência. Os planos têm 90 dias para se adequar à nova norma.

Fonte: Agência Brasil

GESTO, CONTRATUALIZAÇÃO, INTENÇÃO ... DESPRECARIZAÇÃO DO TRABALHO MÉDICO NO SUS

*
Há mais de quarenta anos a contratação do trabalho, de boa parte dos médicos, no sistema público de saúde é realizada sob condições precárias. A relação de emprego invariavelmente era e é disfarçada sob a modalidade de credenciamento para a prestação de serviços.
Com a fusão dos antigos Institutos o chamado credenciamento passou para o antigo INPS e depois para o INAMPS.
A partir da Constituição Federal de 1988 surgiu o Sistema Único de Saúde. Os papéis e funções dos entes federados sofreram reformulação. O sistema passou a se organizar de forma regionalizada, segundo as diretrizes da descentralização administrativa e operacional, do atendimento integral à saúde e com controle social.
Com relação aos médicos, os gestores estaduais e municipais do novo sistema herdaram e acolheram a modalidade de credenciamento adotada, por muitos anos pelo antigo gestor nacional. Para isso bastaram alguns ajustes.
Uma das fórmulas encontradas para evitar a retenção dos honorários médicos por parte de hospitais e estabelecimentos de saúde foi a usada no antigo INAMPS. O pagamento pelo serviço prestado era depositado diretamente na conta do médico codificada sob o Tipo 07. Já, para os médicos que tiveram a CTPS registrada, o código utilizado pelo Hospital credenciado era o Tipo 04.
A conseqüência dessas mudanças e da descentralização crescente levou os estados e municípios a uma precarização das relações de trabalho cada vez maior. Os demais trabalhadores da saúde também foram atingidos.
O argumento era de que a Lei de Responsabilidade Fiscal e as características dos programas, pela sua instabilidade administrativa e orçamentária, inviabilizavam contratações na forma legal.
Assim sendo, os municípios, agora os principais responsáveis pela contratação de trabalhadores e pelo gerenciamento dos serviços, passaram a utilizar, inclusive, parcerias com Organizações não Governamentais (ONGS) ou Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS), além de contratos com falsas cooperativas de trabalho médico.
A crescente precarização da relação de emprego na saúde foi identificada como um obstáculo para o desenvolvimento do sistema público de saúde. O prejuízo com a qualidade e a continuidade dos serviços essenciais prestados pelo SUS tornou-se evidente.
Somado a isso as intervenções eficazes do Ministério Público, em especial o do Trabalho, através de ações civis públicas levou o governo federal a entender a importância do processo de desprecarização do trabalho em saúde com a finalidade de implantar e concretizar uma política de valorização do trabalhador.
Diante do que o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES / Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (DEGERTS), criou o Programa Nacional de Desprecarização do Trabalho no SUS - DesprecarizaSUS, com o intuito de buscar soluções para a precarização dos vínculos de trabalho nas três esferas de governo.
A essa proposta segue o chamado processo de contratualização no SUS. O gestor relaciona-se com o hospital conveniado ou contratado. Com o fim do pagamento através do Código 07 interrompe-se a relação direta entre gestor e médico.
Não obstante a modalidade persiste na maioria dos estados brasileiros.
Nunca é demais lembrar que a intervenção do Ministério Público visa corrigir a burla aos direitos sociais verificada antes. Os instrumentos usados como: contratos de prestação de serviços entre o hospital e a pessoa jurídica, individual ou com mais sócios foram e são condenados. Da mesma forma que a interposição, na prestação de serviços, feita por Cooperativas de trabalho e mesmo pelas chamadas Organizações sociais.
Diante disso, a modalidade de relação de trabalho que resta entre os médicos e os hospitais é a do contrato de trabalho pela CLT, com médico de um lado e hospital de outro. Nessa relação os estados e os municípios respondem solidariamente caso o hospital credenciado/contratualizado não cumpra com as obrigações decorrentes da contratação dos médicos.
Hoje a possibilidade da desprecarização do trabalho médico na saúde traz vantagens para os profissionais, entidade, gestor e usuários. É mais real do que nunca e se dá pelo contrato da CLT. O nosso papel é garantir que a distância existente entre a intenção e o gesto seja superada.

* Mario Antonio Ferrari: Presidente do Sindicato dos Médicos no Estado Paraná – SIMEPAR, Secretário Geral da Federação Nacional dos Médicos – FENAM e Secretário de Saúde da CTB-PR.

CONTRATUALIZAÇÃO NA SAÚDE SUPLEMENTAR E NO SUS. FACES DA MESMA MOEDA? ATALHOS PARA O “MANAGED CARE”?

*
Em meados de 2003 ouvi pela primeira vez o termo contratualização. Na oportunidade a tal contratualização era lançada como alternativa a regular as relações contratuais entre os médicos e as empresas de planos de saúde.
Com pompa e circunstância o lançamento aconteceu na sede da AMB. Até o ministro compareceu. O compromisso assumido foi implantar a contratualização no sistema de saúde suplementar.
A expectativa era que, independentemente do nome, contratação ou contratualização, a recém nascida CBHPM seria adotada e os honorários médicos, depois de muitos anos, passariam a ser corrigidos.
A ANS iniciou a regulação para implantar a contratualização. Operadoras e seguradoras passaram a encaminhar contratos para os médicos prestadores de serviço. Parte delas passou a exigir que os médicos se constituíssem como pessoas jurídicas. Em muitos desses contratos cláusulas leoninas eram impostas.
Apesar da contra indicação, grande parte dos médicos aderiu a esses contratos. Não levaram em conta aspectos ligados à responsabilidade civil. Até o momento, para os médicos, os efeitos econômicos dessa adesão produziram muito pouco. Paira a expectativa e esperança concreta de que a CBHPM seja efetivamente implantada. Á regulação dessas “novas” relações deu-se o nome de contratualização.
No Sistema Único de Saúde (SUS) articula-se a implantação da contratualização, considerada como forma de gestão que objetiva substituir o pagamento por produção, vinculando orçamentação a metas. As partes, hospitais e gestores estabelecerão metas quantitativas e qualitativas para a atenção à saúde e à gestão hospitalar.
Há algum tempo atrás, forma de gestão semelhante, era chamada remuneração por capitação ou “managed care”. Na proposta para o sistema único, efetivamente, ao menos num primeiro momento, os médicos foram totalmente esquecidos.
A comparação entre a contratualização adotada na Saúde Suplementar e a formulada para o Sistema Único de Saúde, aparentemente diferentes, remete-nos à busca da origem e significado do termo.
A pesquisa pouco revelou. O que quer dizer especificamente contratualização? O termo mais próximo foi contratualismo, que corresponde, na filosofia do direito, à doutrina segundo a qual o Estado foi restabelecido mediante contrato entre os cidadãos, ou entre eles e o soberano. Tudo indica mesmo que o termo contratualização é um neologismo.
A contratualização do SUS, já aplicada nos hospitais públicos, de ensino, de pequeno porte e psiquiátricos numa primeira etapa e nos filantrópicos, noutro momento, parece que trouxe benefícios. O equilíbrio econômico desses hospitais, obtido através do IAC - Incentivo de Adesão à Contratualização, gerou expectativas favoráveis junto aos médicos. Estão presentes esperanças de que isso alcance positivamente as condições de trabalho e remuneração.
Os objetivos dos serviços e atividades são estabelecidos por meio de pacto formal. O instrumento é o contrato de gestão, no qual são especificados o plano operativo e as metas a serem atingidas. Ações de atenção à saúde, gestão, avaliação, incorporação tecnológica e financiamento devem estar contempladas.
Em relação aos médicos apesar das oportunidades, novamente, os médicos foram desconsiderados. O gestor relaciona-se com o hospital conveniado ou contratado. Com o fim do pagamento através do Código 07 interrompe-se a relação direta entre gestor e médicos. A estes são sonegados direitos sociais, tranquilamente, concedidos aos demais trabalhadores da saúde.
Diante disso, temos as seguintes modalidades de relação de trabalho entre os médicos e os hospitais: 1) de emprego por meio do contrato de trabalho pela CLT, com médico de um lado e hospital de outro e 2) a de prestação de prestação de serviços regulada pelo código civil. A competência de dirimir conflitos na área da relação de trabalho, independente da natureza do contrato, por força da Emenda Constitucional 45, foi remetida para a Justiça do Trabalho.
A primeira, contrato pela CLT, cria a real possibilidade da desprecarização do trabalho médico na saúde. Há vantagens para os profissionais, entidade, gestor e usuários. A maior transparência, ao lado do respeito aos direitos sociais diminuem a tensão na relação entre médicos e hospitais.
Na segunda modalidade a precarização pode estar presente. Nessa relação de trabalho a burla aos direitos sociais, invariavelmente é verificada. Os instrumentos usados são os contratos de prestação de serviços entre o hospital e a pessoa jurídica, individual ou com mais sócios. Existem casos em que a interposição na prestação de serviços é feita por Cooperativas de trabalho e mesmo pelas chamadas Organizações sociais.
A contratualização, nesses casos, foi a nova denominação encontrada para especificar uma das diversas formas de remuneração médica na saúde. É a conhecida renumeração “por pacote” ou por capitação, mais conhecida como managed care. Há quem goste!

* Mario Antonio Ferrari: Presidente do Sindicato dos Médicos no Estado Paraná – SIMEPAR, Secretário Geral da Federação Nacional dos Médicos – FENAM e Secretário de Saúde da CTB-PR.

SP: Assembleia poderá recomendar a suspensão do atendimento a 15 planos de saúde





Os médicos de São Paulo realizam, em 30 de junho, às 20h, assembleia estadual para debater os próximos passos da campanha por valorização na saúde suplementar e por mais qualidade na assistência aos pacientes. Em entrevista à FENAM TV o presidente da FENAM,Cid Carvalhaes, falou sobre a assembleia que poderá recomendar a suspensão do atendimento a 15 empresas de planos de saúde.

Fonte:Fenam/TV

CFM defende controle de inibidores de apetite e promete ir à Justiça se houver proibição

Conselho afirmou, de antemão, que se dispõe a ser parceiro da Anvisa no desenvolvimento de campanhas de esclarecimento sobre as substâncias.

Para reduzir o número de prescrições de inibidores de apetite no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) defende a realização de campanhas educativas com foco no médico e nos pacientes. Para a entidade, essa seria uma forma de assegurar o uso racional deste tipo de medicamento, sem necessidade de proibir sua comercialização no país.

O CFM afirma que continuará a buscar o diálogo com respeito ao tema. Contudo, faz um alerta: se não existir consenso com a Anvisa e houver decisão unilateral no sentido de proibir o comércio dos inibidores o caminho será recorrer à Justiça para garantir o direito de pacientes e de profissionais de uso desses medicamentos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que não há um prazo definido para a decisão final a respeito da proibição do uso da sibutramina e de outros três emagrecedores (anfepramona, femproporex e mazindol). No entanto, o assunto está em pauta e tem alimentado uma grande polêmica.

De acordo com o conselheiro Desiré Carlos Callegari (1º secretário do CFM), que representou o Conselho em debate sobre o tema na sede da Anvisa, nesta terça-feira (14), a restrição completa da venda dos anorexígenos, como tem sido defendido por alguns representantes do Governo, pode agravar problemas de saúde, além de ser uma interferência na autonomia na relação entre o médico e o paciente.

Callegari afirmou que o CFM, de antemão, se dispõe a ser parceiro da Anvisa no desenvolvimento dessas campanhas de esclarecimento. Em sua avaliação, cabe à Agência atuar de forma preventiva para evitar possíveis excessos no uso das substâncias. “A Anvisa tem mecanismos para monitorar o excesso de prescrições do medicamento e pode ter os Conselhos Regionais de Medicina como aliados”, ressaltou.

Durante o Painel Técnico Internacional sobre a Eficácia e Segurança de Inibidores de Apetites, promovido pela própria Anvisa, em Brasília, o CFM citou os efeitos colaterais que a proibição da venda poderá trazer. O primeiro deles é a desassistência de parcela significativa da população.

“Temos um problema epidemiológico imenso no país que é a obesidade. O que faremos com esta parte da população que não responde ao tratamento sem fármaco?”, lembrou o conselheiro. A afirmação se ampara em pesquisas. Dados do IBGE entre apontam que 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres apresentam quadro de obesidade.

Outro problema possível, citou o representante do CFM, seria o surgimento de um mercado paralelo deste tipo de droga. Especialistas de várias áreas concordaram com os argumentos. “Precisamos ter direito ao uso das drogas para vencer a obesidade do país. Acredito que os quatro mil médicos endocrinologistas sabem bem avaliar sua necessidade”, garantiu o Airton Golbert, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Estudiosos internacionais também reforçam o posicionamento das entidades médicas. O cardiologista dinamarquês Christian Torp-Pedersen, que coordenou um dos maiores estudos sobre a sibutramina no mundo, acredita que o inibidor de apetite não deveria ser retirado do mercado brasileiro.

“Europa e Estados Unidos tiveram reação exagerada [ao retirar o medicamento do mercado]. Concordo que a sibutramina não deve ser prescrita com facilidade e deve-se avaliar outras alternativas antes”, defendeu o dinamarquês.

Mais informações: Setor de Imprensa do CFM – telefone(61) 3445-5940

Fonte: Imprensa do CFM