domingo, 20 de novembro de 2011

Projeto “A Sociedade Contra o Preconceito”

A ABP lançou, durante o XXIX CBP o projeto A Sociedade contra o Preconceito que tem como objetivo diminuir o estigma com relação à doença mental, ao doente mental e ao Psiquiatra.
Foram convidados o humorista Chico Anysio, o locutor esportivo Luciano do Vale, a atriz Cassia Kiss e o jornalista e escritor Ruy Castro.
Chico Anysio afirmou que sofre de depressão e disse que, se não fosse o tratamento psiquiátrico, não teria feito nem 20% do que fez em sua vida. Em tratamento há 24 anos com um psiquiatra, Chico Anysio afirmou que o tratamento para o seu caso foi vital e que o preconceito contra o doente mental e o psiquiatra é uma burrice: “Ir ao psiquiatra não significa que ele é doido. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. A depressão é uma coisa, a loucura é outra, com tratamentos diferentes”.
O locutor esportivo Luciano do Valle defendeu o trabalho do  psiquiatra e o fim do preconceito contra o doente mental. Vítima da bipolaridade, depressão e síndrome do pânico,  Luciano confidenciou que quase abandonou a profissão na África do Sul, na véspera da Copa do Mundo de Futebol de 2010, por não se sentir em condições de trabalhar. “Eu perdi para a depressão por uns três a zero, e perdi com gente que eu amava muito. E vou ser sincero para vocês, hoje, eu só estou mais ou menos equilibrado graças à minha psiquiatra”.
A atriz Cássia Kiss relatou sua experiência pessoal com a bipolaridade e a bulimia. Uma das coisas que mais incomodam a atriz no transtorno mental é a incessante busca pela perfeição.  “Eu reconheço que eu não sou boa atriz, eu sou excelente atriz. Mas não há nenhum privilégio nisso. Isso é resultado do transtorno, da busca pela perfeição. É onde a doença te leva e é uma linha que quase cai na loucura”, relatou Cássia. A atriz também falou sobre o histórico de problemas familiares que enfrenta – a mãe e os irmãos da atriz também possuem doenças mentais, assim como a avó possuía.
O jornalista e escritor Ruy Castro, vencedor de quatro prêmios Jabuti, entre eles, pelos livros “Estrela Solitária”, sobre a vida do jogador Mané Garrincha, e “Carmem”, biografia de Carmem Miranda. Além de contar histórias da vida de Mané Garrincha e Carmem Miranda, falou sobre a sua experiência pessoal com o alcoolismo. Sem beber há 23 anos, o jornalista afirmou que não teve motivos especiais que o levaram ao vício e negou que tivesse sido influenciado por amigos. A experiência pessoal despertou o interesse pela vida de pessoas que passaram pelo mesmo problema.
O projeto foi lançado e foi um sucesso no XXIX CBP. Agora juntos, sociedade e psiquiatras, lutam contra o estigma que há em relação ao doente mental.
Fonte: Imprensa ABP

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