quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Contratação de pessoal em hospitais universitários provoca polêmica em Plenário



[senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Humberto Costa (PT-PE) ]
A contratação de pessoal pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares 
provocou discussões durante a aprovação do Projeto de Lei da Câmara 79/2011
nesta quarta-feira (23). A matéria prevê que o pessoal permanente da empresa será 
regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mediante aprovação 
em concurso público. Para fins de sua implantação, porém, a Empresa Brasileira 
de Serviços Hospitalares está autorizada a contratar, por tempo determinado, 
pessoal técnico e administrativo mediante processo seletivo simplificado. Os 
contratos temporários poderão ser prorrogados uma única vez, desde que a 
soma dos dois períodos não ultrapasse cinco anos.
Para os senadores de oposição, a intenção do governo de resolver o problema 
das terceirizações nos hospitais universitários por meio da criação da empresa 
não terá sucesso. Isso porque o projeto continua prevendo a possibilidade de 
contratações temporárias - origem das irregularidades nas instituições apontadas 
pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Para senadores tucanos, as 
contratações temporárias apenas estimularão "o favorecimento político".
Ao invés de regularizar para valer [as contratações], abrindo concursos, 
respeitando a autonomia universitária, o governo resolveu criar um enorme 
trambolho burocrático. A emenda saiu pior que o soneto - criticou o senador 
Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Líder do PT no Senado e relator da matéria, o senador Humberto Costa (PE) 
saiu em defesa da proposta. Segundo ele, a criação da empresa não é uma 
ação isolada, mas faz parte do Programa de Reestruturação da Rede de Hospitais Universitários, uma série de iniciativas estruturadoras no ensino universitário de 
saúde, com a recuperação do financiamento do sistema, ações de aperfeiçoamento 
da gestão e recuperação física e tecnológica desses hospitais.
- Não é verdade que está se propondo a implantação do compadrio nem a 
contratação sem concurso público. A Constituição determina que empresas públicas 
só podem contratar com concursos. Por acaso a Petrobras é uma empresa de 
compadrio? As empresas públicas têm de se submeter às legislações, inclusive para 
licitações - declarou.
O senador ainda fez uma provocação aos senadores do PSDB, ao lembrar que 
em São Paulo, estado governado por um tucano, mantém contratos na saúde 
com organizações sociais - que não exigiriam concursos públicos e licitações em 
suas administrações.
Fonte: Agência Senado



Nenhum comentário:

Postar um comentário