São Paulo – O Ministério da Saúde vai liberar para o estado de São Paulo R$
500 milhões, até 2014, a fim de combater o uso de crack. Os recursos
virão dos R$ 4 bilhões destinados ao programa lançado pelo governo federal para
diminuir o consumo da droga em todo o país. Segundo o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, por causa da gravidade do problema em São Paulo, o estado é
visto como “grande prioridade”.
O dinheiro será usado, de acordo com o ministro, principalmente na
contratação de profissionais e para a construção de equipamentos de apoio aos
dependentes químicos. Padilha disse ainda que os recursos também vão reforçar as
ações que já são feitas pela prefeitura. “A capital [paulista]já colocou os seus
agentes na rua, é nós vamos reforçar essa ação. O fundamental é termos agentes,
profissionais de saúde, que façam a busca ativa na rua e que trabalhem,
inclusive, em horários alternativos”, disse antes de detalhar o plano do governo
na Assembleia Legislativa.
O ministro destacou ainda que já foram repassados para o município recursos
para a instalação de dez unidades de acolhimento. “Vamos reforçar as enfermarias
especializadas em álcool e drogas. Buscar qualificar o Samu [Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência] a fim de que esteja preparado para o atendimento,
em situação de urgência, de um dependente químico”.
Segundo Padilha, o atendimento é fundamental para garantir a eficácia do
tratamento. “Oferecendo cuidado a esses pacientes. Podendo acompanhar o
tratamento que eles fazem. Tratando de outros problemas que podem estar
associados à dependência química, de estar morando na rua, sujeitos a problemas
de saúde”.
O ministro explicou ainda que, a partir desse atendimento, pode-se optar pela
internação involuntária dos usuários, “avaliando se essas pessoas têm risco de
vida. Porque, quando tem risco de vida, tem de ficar internado até estabilizar a
situação”. “O centro do nosso programa é a reconstrução dos projetos de vida das
pessoas, isso só se faz mantendo os laços sociais e com as famílias”, completou.
Fonte: Agência Brasil
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