terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ministério da Saúde estuda incluir vacina contra HPV em calendário de vacinação, mas é contra colocar medida em lei

O Ministério da Saúde é sempre contrário a introduzir vacina por lei. Quem deixou essa posição clara foi o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Jarbas Barbosa, ao final de debate sobre projeto de lei (PLS 238/11) da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que pretende garantir a vacinação gratuita contra o papilomavírus humano (HPV) em mulheres na faixa etária de 9 a 40 anos.
Segundo adiantou Barbosa, a vacina contra o HPV está entre três - as outras são hepatite A e varicela - que o ministério já avalia incluir no calendário público de imunização. O público-alvo dessa ação seriam meninas na faixa de 9 a 13 anos, na perspectiva de prevenir o contágio antes do início da vida sexual. Isso porque a vacina contra o papilomavírus seria ineficaz em mulheres adultas com vida sexual ativa e que, portanto, já se expuseram ao risco de contaminação.
Para essa faixa da população, Barbosa defende o combate aos efeitos de eventual contágio por meio da ampliação da qualidade e do acesso ao exame de papanicolau - usado para detectar o câncer do colo do útero - e de melhoria no tratamento de eventuais lesões encontradas.
A oferta da vacina contra o HPV a meninas de 9 a 13 anos deve impactar o orçamento do Ministério da Saúde em R$ 600 milhões no primeiro ano. A proteção esperada deve durar nove anos e depende da aplicação em três doses.
A maior incidência do câncer do colo do útero - causado pelo HPV- e de mortalidade feminina pela doença está concentrada na região Norte, até pela dificuldade de acesso dessa população aos meios de diagnóstico e tratamento. A discussão sobre o assunto foi promovida, nesta terça-feria (13), pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
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Fonte: Agência Senado

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