Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira, no SIMEPAR, os médicos
dos CMUM’s reafirmaram sua pauta de reivindicação como condição para que
não seja retomado o movimento de paralisação iniciado em agosto. Os
empregadores ouviram as reivindicações, mas afirmaram que dependem da
Prefeitura para atender qualquer pauta financeira, pois dependem dos
repasses feitos pelo município.
Os médicos dos CMUM’s estão há cerca de um ano tentando melhorar suas
condições de trabalho e remuneração. Em agosto passado, chegaram a
deliberar por uma greve, mas foi suspensa a pedido da Justiça do
Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Estadual,
em um acordo com os empregadores e a prefeitura.
Pelo acordo, os empregadores passaram a pagar o valor mínimo de R$ 34,00
líquidos por hora; valor que representou um pequeno aumento alcançando
somente parte dos médicos e estava muito aquém da reivindicação do
coletivo. O acordo também previa mais reajustes até o fim do ano, e o
compromisso dos médicos de não retomarem a greve até o dia 30 de
setembro (hoje).
Esse acordo contemplava a preocupação da justiça do trabalho em manter
funcionando o sistema municipal de atendimento de urgência e emergências
médicas.
Mas, o que muita gente não sabe, e a prefeitura prefere não mostrar é
que os CMUM’s e os médicos estão sobrecarregados por que a maior parte
da demanda desses centros não é realmente de emergência, e sim demanda
não atendida pelas unidades básicas de saúde dos bairros.
Grande parte da população tenta consultas nas unidades básicas, mas
dificilmente consegue. É preciso madrugar para pegar uma ficha e
conseguir uma consulta; depois, espera-se meses por uma especialidade.
Então, quando sentem necessidade de uma consulta médica, muitos vão aos
CMUM’s, pois preferem esperar horas do que semanas ou meses pela
consulta.
Pelo acordo, a Prefeitura se comprometeu a fornecer mais dados sobre os
contratos com os empregadores, e estudar as possibilidades de ampliar os
repasses para proporcionar remuneração mais justa para os médicos.
Segundo os empregadores, nada disso foi feito.
O SIMEPAR reiterou as condições para que o movimento de greve não seja
retomado e os hospitais empregadores se comprometeram a levar essas
condições à Prefeitura de Curitiba, com a resposta a ser apresentada em
reunião marcada para o próximo dia 10 de outubro, na sede do SIMEPAR.
Fonte: Assessoria de Imprensa Simepar
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