sábado, 26 de março de 2011

Mais de cem médicos se reuniram em Curitiba para discutir paralisação do dia 07 de abril



Foi realizada na segunda-feira, dia 21, uma reunião ampliada com a Comissão Estadual de Honorários Médicos para debate e definição das atividades relativas ao dia nacional de paralisação dos médicos no atendimento aos planos de saúde, que será no próximo dia 07 de abril. A reunião foi realizada na Sede da Associação Médica do Paraná e contou com a presença de cerca de cento e vinte médicos de Curitiba e Região Metropolitana.

A reunião foi conduzida pelo presidente da AMP, José Fernando Macedo, e contou com a presença do vice-presidente regional da Associação Médica Brasileira, Jurandir Marcondes Ribas; do presidente do SIMEPAR e secretário geral da FENAM, Mario Ferrari; o secretário-geral do CRM-PR, Hélcio Bertolozzi Soares e o conselheiro Miguel Ibraim Abboud Hanna Sobrinho. Participaram também dirigentes das entidades médicas e de especialidades, além dos advogados da AMP e SIMEPAR.

Os médicos discutiram as atividades do dia 07 de abril como uma maneira de a classe médica demonstrar força e pressionar as operadoras de saúde a reajustarem os honorários médicos. Nesta data, todos os médicos que atendem planos de saúde no país (cerca de 160 mil) deverão suspender as consultas como forma de protesto. Essa atividade foi deliberada em conjunto pela Federação Nacional dos Médicos, Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina e está sendo encaminha em conjunto pelos Sindicatos, CRMs e Associações Médicas de todo o país.

Os médicos se queixam dos baixos honorários praticados, da interferência das empresas na sua autonomia e a insuficiência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na regulação do diálogo entre os planos e os prestadores. A categoria exige ainda que as operadoras e a ANS efetivem a regularização dos contratos com a inclusão de cláusulas de periodicidade e critérios de reajustes.

A orientação geral é que os médicos suspendam os atendimentos em seus consultórios e remarquem as consultas já agendadas. O ideal, segundo a Comissão de Honorários é que os consultórios sejam fechados. Somente os casos de urgência e emergência serão atendidos. Para que não ocorram problemas quanto ao atendimento, o Conselho Regional de Medicina irá orientar diretamente os médicos, e o SIMEPAR emitirá os avisos às autoridades para que o movimento não seja ilegal.

Depois da fala dos dirigentes das entidades e dos advogados, a palavra foi aberta aos demais presentes, que discutiram as formas de mobilização para que o movimento seja forte e coeso. Serão divulgadas uma carta aberta à população e uma carta convocando os médicos para que participem do movimento. O Advogado do SIMEPAR, Luiz Gustavo de Andrade informou aos presentes sobre as ações civis públicas movidas pelo Sindicato, em face das operadoras de saúde.

A médica Cláudia Paola Aguilar, diretora do SIMEPAR, propôs que os médicos também buscassem apoio de outras entidades da sociedade civil, como FIEP, FETIPE, Centrais Sindicais, etc.; além de propor que os estudantes de medicina, através dos seus diretórios acadêmicos e os médicos residentes também sejam chamados a participar do movimento.

Nos próximos dias a Comissão Estadual de Honorários Médicos disponibilizará os materiais para mobilização dos médicos e para comunicação com a sociedade.

Fonte: Simepar

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