domingo, 11 de março de 2012

FENAM discorda de medidas anunciadas pelo Governo para aumentar o número de médicos no Brasil

FENAM discorda de medidas anunciadas pelo Governo para aumentar o número de médicos no Brasil
Para FENAM, aumentar o número de vagas nas faculdades de medicina é um equívoco.
De acordo com notícia divulgada na última terça-feira (6), no site do Ministério da Educação, o Governo pretende aumentar o número de vagas para estudantes de medicina. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a meta do programa será ampliar a quantidade de médicos no país para 2,5 por mil habitantes até 2020.

Para atingir esse objetivo, o MEC pretende aumentar o número de vagas nas instituições federais que já possuem cursos de medicina e criar novas faculdades de medicina em universidades que ainda não oferecem o curso. Vai também estimular universidades estaduais e particulares com boa avaliação a abrir novas vagas. “A diretriz é ampliar com qualidade, e, pela responsabilidade que é formar um médico, vamos trabalhar com as instituições de excelência, públicas e privadas”, disse o ministro.

Opinião FENAM

A Federação Nacional dos Médicos já se manifestou outras vezes sobre o tema, e ressalta, mais uma vez, que aumentar o número de vagas nas faculdades de medicina é um equívoco. A entidade acredita que os critérios utilizados atualmente para a abertura de novas vagas são mal definidos e as instituições são abertas sem uma avaliação adequada para o desempenho do ensino médico. As faculdades já existentes, têm tido, na opinião da FENAM, uma didática ruim deixando a desejar na formação cientifica que os moldes da prática médica exigem.

Para a entidade, o número de faculdades médicas no país é excessivo e a quantidade de médicos é suficiente para atender a população, haja vista que desde 1970, a população brasileira cresceu 104,8%, enquanto que o número de médicos no país aumentou em 530%, de acordo com dados do estudo “Demografia Médica”, realizado este ano pelo Conselho Federal de Medicina.

Outro ponto que a FENAM defende é que uma avaliação criteriosa e rigorosa deve existir nas faculdades de medicina já existentes, para evitar a formação de maus profissionais. Faculdades que não têm condições de funcionamento devem ser fechadas e as que oferecem vagas em excesso devem ter este número reduzido. 
Fonte : Taciana Giesel

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